Filosofia, perguntado por laisacamargorueda123, 10 meses atrás

Faça a leitura do capítulo "Perceba o racismo internalizado em você" do pequeno manual antirracista de Djamila Ribeiro e depois responda as perguntas

"Como vimos, a maioria das pessoas admite haver racismo no Brasil, mas quase ninguém se assume como racista. Pelo contrário, o primeiro impulso de muita gente é recusar enfaticamente a hipótese de ter um comportamento racista: "Claro que não, afinal tenho amigos negros", "Como eu seria racista, se empreguei uma pessoa negra?", "Racista, eu, que nunca xinguei uma pessoa negra?".
A partir do momento em que se compreende o racismo como um sistema que estrutura a sociedade, essas respostas se mostram vazias. É impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. É algo que está em nós e contra o que devemos lutar sempre.
É claro que há quem seja abertamente racista e manifeste sua hostilidade contra grupos sociais vulneráveis das mais diferentes formas. Mas é preciso notar que o racismo é algo tão presente em nossa sociedade que muitas vezes passa despercebido. Um exemplo é a ausência de pessoas negras numa produção cinematográfica - aí também está o racismo. Ou então quando, ao escutar uma piada racista, as pessoas riem ou silenciam, em vez de repreender quem a fez - o silêncio é cúmplice da violência. Muitas vezes, pessoas brancas não pensam sobre o que é o racismo, vivem suas vidas sem que sua cor as faça refletir sobre essa condição. Por isso, o combate ao racismo é um processo longo e doloroso. Como diz a pensadora feminista negra Audre Lorde, é necessário matar o opressor que há em nós, e isso não é feito aprenas se dizendo antiracista: é preciso fazer cobranças.
Amelinha Teles, memorável feminista brasileira, em seu livro Breve história do feminismo no Brasil, afirma que ser feminista é assumir uma postura incômoda. Eu diria que ser antirracista também. É estar sempre atento às nossas próprias atitudes e disposto a enxergar privilégios. Isso significa muitas vezes ser tachado de "o chato", "aquele que não vira o disco". Significa entender que a linguagem também é carregada de valores sociais, e que por isso é preciso utilizá-la de maneira crítica deixando de lado expressões racistas como "ela é negra, mas é bonita"- que coloca uma preposição adversativa ao elogiar uma pessoa negra, como se um adjetivo positivo fosse o contrário de ser negra - usar "o negão"para se referir a homens negros - não se usa "o brancão"para falar de homens brancos - ou elogiar alguém dizendo "negro de alma branca", sem perceber que a frase coloca "ser branco" como sinônimo de característica positiva.
É preciso pesquisar, ler o que foi produzido sobre o tema por pessoas negras - e é bastante coisa. No caso de quem tem acesso a bibliotecas e universidades, a responsabilidade é redobrada, e não deve ser delegada. Eu brinco que, muitas vezes, pessoas brancas no colocam no lugar de "Wikipreta" como se nós precisássemos ensinar e dar todas as respostas sobre a questão do racismo no Brasil. Essa responsabilidade é também das pessoas brancas - e deve ser contínua.

identifique um momento em que você foi racista e me conte:
1)que momento foi este?
2)qual foi o percurso que te levou a identificar este momento?
Gente pfv me ajudem !!! URGENTE

Soluções para a tarefa

Respondido por joaokatinha
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Resposta:

bah queria tanto te ajudar mas realmente sou burra dms

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