Português, perguntado por PokMon5h, 9 meses atrás

Extraordinário | Crítica
Mesmo infantil demais, filme acerta ao tratar o bullying de forma delicada
CAMILA SOUSA | 06.12.2017 | 12H18 | ATUALIZADA EM 06.12.2017 / 15H08

É curioso como alguns adultos afirmam que em suas épocas de escola não existia o “bullying”. Isso é algo da nova geração e está deixando as crianças “fracas”, dizem. A verdade é que o bullying sempre existiu, mas não era tratado com a seriedade necessária. Felizmente, os tempos mudaram e hoje é comum tocar nesse assunto, como faz o livro Extraordinário, lançado por R.J. Palacio em 2012.
Essa é a história do garoto Auggie, que tem uma deformidade facial e está prestes a começar na escola pela primeira vez. Com 10 anos, ele era ensinado em casa pela mãe, mas ela resolve que é hora do menino frequentar uma escola regular. É uma trajetória delicada, que cita inclusive as várias cirurgias pelas quais Auggie passou, mas o grande diferencial é a linguagem simples. Tanto no livro como no filme, quase tudo é
narrado pelo ponto de vista de Auggie.
O resultado é um filme delicado, mas que se torna infantil demais. É um caminho seguro para não se aprofundar em algumas discussões pertinentes. O bullying, por exemplo, é abordado no ambiente escolar, inclusive mostrando que a criança que faz esses atos também costuma ter problemas emocionais. Mas tudo é extremamente leve, de uma forma que funciona no livro, mas precisava de mais peso ao ser mostrada nos cinemas.
Com temas tão interessantes e atuais, o longa poderia ir mais fundo na questão do preconceito, provocando os que assistem ao longa a um questionamento interno. Ao escolher o caminho simples, o filme se torna agradável de assistir, mas perde a oportunidade de ser mais do que isso.
Elogiado por seu papel em O Quarto de Jack, Jacob Tremblay usa maquiagem e próteses para fazer o menino e coloca muito bem os sentimentos de Auggie na tela. Apesar da pouca idade, ele sabe quando é tratado com preconceito, mesmo quando isso não é feito de forma direta.
As interações entre Tremblay e Julia Roberts, que faz a mãe do garoto, são as mais emocionantes de toda a produção. O carismático pai de Auggie, interpretado por Owen Wilson, acaba ofuscado nessa relação. Para os curiosos sobre a participação de Sônia Braga, a brasileira não aparece tanto, mas domina a tela quando surge como a avó materna do protagonista.
Além da narração de Auggie, a adaptação de Extraordinário também é fiel aos outros pontos de vistas apresentados no livro. Embora a escolha seja interessante para apresentar melhor como a condição do garoto afeta as pessoas ao redor - como seu melhor amigo e sua irmã -, também é uma decisão que deixa o filme um pouco lento em seu segundo ato. Muitas vezes uma história é totalmente interrompida para contar outra, que também demora para se desenvolver.
Faltou ao roteiro, escrito pelo também diretor Stephen Chbosky, por Steve Conrad e por Jack Thorne, ser um pouco mais dinâmico para a linguagem dos cinemas.
Extraordinário cresce quando trata do ponto principal de sua história: amadurecimento. Tanto de pessoas, quanto da sociedade. Auggie cresce após seu convívio inicial difícil com as crianças da escola. Elas também aprendem a lidar com as diferenças de forma melhor, percebendo que ele é um garoto como qualquer outro.
Até sua família, tão acostumada a protegê-lo o tempo todo, entende que o garoto precisa seguir sozinho em alguns momentos, para seu próprio bem. São aprendizados difíceis, que não acontecem do dia para a noite, mas fazem toda a diferença.


Disponível em: . Acesso em 30 nov. 2020.

1 – A resenha destaca que o filme Extraordinário aborda um tema de bastante relevância social, que é...

a) a importância de sermos pessoas críticas, expondo os pontos positivos e negativos em questões cotidianas.
b) a necessidade de aproveitar bastante o período da infância, que é um período muito mágico e único em nossa vida.
c) a questão do bullying , especialmente ocorrida no ambiente escolar.
d) a percepção da família como um porto seguro em nossas vidas.

2 – No trecho “Essa é a história do garoto Auggie, que tem uma deformidade facial e está prestes a começar na escola pela primeira vez.” os verbos aparecem no tempo...

a) futuro do pretérito do modo indicativo.
b) presente do modo indicativo.
c) pretérito perfeito do modo indicativo.
d) pretérito imperfeito do modo indicativo.

Soluções para a tarefa

Respondido por Sksteblack12
16

Resposta:

1)C e 2)B

1) Logo no subtítulo temos a deixa para essa resposta “Mesmo infantil demais, filme acerta ao tratar o bullying de forma delicada”. Mais adiante, ao longo da resenha, há a confirmação da temática do bullying. Resposta correta - letra C.

2)  Os verbos SER/É, TER e ESTAR aparecem no tempo presente do modo indicativo. Portanto, a alternativa correta é a letra B.

Explicação:

Espero ter ajudado :)


PokMon5h: vlw ta certo!
anybonizoli: obg
Perguntas interessantes