exto para as questões 9 e 10
“Sem wi-fi”: pandemia cria novo símbolo de desigualdade na educação
Estudantes sem dispositivos ou acesso à internet têm perdido, além de conteúdo, o vínculo com a escola, gerando temores de mais evasão escolar e de aumento no abismo social e digital do país.
[...] “O abismo digital, que já era preocupante, na pandemia vai piorar. [...] A falta de conectividade implica em deixar as crianças mais vulneráveis para trás”, diz à BBC News Brasil Ítalo Dutra, chefe de educação do Unicef (braço da ONU para a infância) no Brasil. Isso porque o grupo de alunos mais desconectados coincide com o grupo que tem renda per capita menor, mais incidência de pobreza e mais chance de abandonar a escola antes de concluir os estudos.
Dutra destaca, porém, que a maioria das redes públicas de educação do país têm conseguido combinar atividades digitais com materiais físicos, para minimizar a dependência da conexão com a internet. O Unicef também promove, desde 2017, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um projeto de busca ativa dos alunos, que consiste em ir atrás de estudantes que não têm frequentado as aulas.
Na pandemia, diz ele, o parâmetro estabelecido pela Undime é de que alunos que estão há no máximo três semanas sem manter contato com a escola ou realizar tarefas devem ser ativamente buscados. “A gente ainda vai precisar conviver com o vírus por um tempo. A grande preocupação nesse contexto é a perda de vínculo desses alunos com a escola, e de eles perderem seu direito à educação”, afirma.
Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe) da FGV, também destaca o esforço da grande maioria das redes públicas do país em manter o ensino vivo, a despeito dos desafios de conectividade.
Mas ela destaca também que “o Brasil não tem direito, como nona maior economia do mundo, a ter expectativas baixas quanto a suas escolas”. E lembra que o ensino da cultura digital faz parte da Base Nacional Curricular Comum, documento que define as competências principais que as crianças devem aprender na educação básica brasileira e que prevê que todos devem ser capazes de “comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria”.
“O que garante a qualidade do aprendizado é a boa mediação do professor, seu feedback ao aluno”, afirma Dutra. “E tem havido uma grande diversidade de mediações (nas aulas em meio à pandemia).”
No segundo parágrafo, a locução verbal “têm conseguido” concorda com
A
“maioria”.
B
“redes públicas”.
C
“educação do país”.
D
“atividades digitais”.
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3
Resposta:
letra a
Explicação:
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