Explique sobre: Guido Viaro- pintura e a preocupação social
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Resposta:
Biografia
Guido Pelegrino Viaro (Badia Polesine - Província de Rovigo, Veneto Itália 1897 - Curitiba, Paraná, 1971). Pintor, ilustrador, caricaturista, desenhista, escultor, gravador, professor e articulista. Freqüenta curso de pintura em Badia Polesine, Itália, em 1907, ao mesmo tempo que realiza os estudos primários. Alista-se na Marinha Italiana na Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), interrompendo seus estudos. Entre 1921 e 1927, viaja por diversos países europeus, e na Itália chega a estudar pintura em Veneza e na Escola Rossi de Bolonha. Vem para o Brasil em 1927. Permanece por algum tempo em São Paulo, onde, além de trabalhar como ilustrador e caricaturista em jornais, faz painéis e afrescos para casas comerciais e residências. Em 1929, segue para o Paraná, fixa residência em Curitiba, e conhece o professor Theodoro de Bona (1904 - 1990) e o pintor Alfred Andersen (1860 - 1935). Trabalha, ao lado de Poty (1924 - 1998), na ilustração da revista Joaquim, em 1946. Atua em instituições de arte como o Ateliê/Escola de Desenho e Pintura Guido Viaro e a Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em Curitiba. É inaugurado o Museu Guido Viaro, na capital paranaense, em 1975. Em 1996, é lançado o vídeo Impressões de Guido Viaro, realizado por Carlos Henrique Tulio. No ano seguinte, ocorre a mostra Guido Viaro 100 Anos, que reúne o trabalho de artistas paranaenses em homenagem ao centenário de seu nascimento.
Análise
Guido Viaro começa a desenhar e pintar na Itália, porém é no Brasil que desenvolve a maior parte de sua produção. É considerado um renovador da pintura moderna no Paraná. Seus trabalhos revelam afinidade com o expressionismo, principalmente pela dramaticidade e tom poético com que retrata a figura humana. O artista destaca-se por sua ampla produção gráfica. Entre seus temas mais constantes, encontram-se tipos populares em atividades cotidianas, com forte sentido documental, como em Lavadeiras (1960) ou nas séries de águas-fortes em que enfoca feiras, acampamentos ciganos, jogos de cartas e festas, entre outros assuntos.
O artista também se dedica à realização de obras de temática religiosa, tanto em gravura como em pintura. Algumas dessas telas lembram afrescos renascentistas, sendo marcadas pela forte presença do desenho. Realiza, ainda, vários retratos, como o do pintor Miguel Bakun (1909 - 1963). Em paralelo à sua produção artística, preocupa-se com a arte e a educação. Cria uma escola de artes para crianças, pioneira no Brasil e, durante sua longa carreira docente, forma novas gerações de artistas no Paraná.
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