História, perguntado por BestFastApple, 10 meses atrás

explique qual era a opção para acabar com a crise na França?

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Respondido por josoegamarra59
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Resposta:

Nos anos de 1780, a França vivenciava uma série de conturbações marcadas por grandes revoltas nos campos e nas cidades. Enquanto os trabalhadores assalariados e os camponeses promoviam diversos levantes por todo o país, a burguesia via-se ameaçada pela invasão de produtos estrangeiros com qualidade e preço mais competitivos que os franceses. Dessa forma, a burguesia precisava de incentivos que recuperassem sua força econômica e as camadas populares desesperavam-se com a alta dos alimentos.

Em meio às inundações, desemprego, secas e falências, alguns membros do próprio governo francês tentaram alertar sobre a necessidade de uma ampla reforma fiscal. Em linhas gerais, esses reformistas defendiam a necessidade do clero e da nobreza passarem a contribuir com o pagamento de impostos válidos a toda a população. No entanto, a tentativa de nivelamento fiscal foi completamente barrada pelos representantes da aristocracia francesa.

O rei pretendia realizar uma reforma fiscal sem abalar os interesses do clero e da nobreza. Com isso, o peso financeiro da reforma recairia todo sobre as costas dos trabalhadores e da burguesia. No entanto, essa transformação do sistema fiscal deveria ser aprovada por um Parlamento que tinha o poder de vetar, julgar ou reconhecer alguns pedidos feitos pela autoridade real. Nesse momento, rei e Parlamento enfrentaram uma crise política que só poderia ser contornada com a conclamação dos Estados Gerais.

Convocação da Assembleia dos Estados Gerais

Sem alternativa, Luis XVI, então rei da França, incumbiu o recém-empossado ministro Jacques Necker para realizar a convocação dos Estados Gerais. Essa instituição, que não era convocada desde 1614, era um tipo de assembleia formada por um processo eleitoral dividido em duas fases. Na primeira fase, toda a população votava em uma série de representantes políticos que, posteriormente, escolheriam os participantes definitivos da assembleia dos Estados Gerais.

Com o fim das eleições, a Assembleia ficou organizada da seguinte forma: o Primeiro Estado com 291 representantes, o Segundo com 270 e o Terceiro com expressivos 578 deputados. Mediante essa situação, a possibilidade de transformação política tornava-se cada vez mais palpável. Não por acaso, os numerosos representantes do Terceiro Estado exigiram que o processo de votação das leis fosse feito “por cabeça” e não “por Estado”, conforme estabelecido pelas antigas normas.

Na perspectiva dos integrantes do Terceiro Estado, somente a votação individual poderia materializar as urgentes mudanças necessárias. Partindo do pressuposto de que clero e nobreza tinham muitos interesses em comum, seria praticamente impossível vencê-los em um sistema de votação por Estado. Mediante o apoio de alguns dissidentes dos outros Estados, essa exigência foi atendida e, a partir de então, dava-se início aos trabalhos dos Estados Gerais.

Percebendo o conflito de interesses que se consolidaria com o Terceiro Estado, o rei Luis XVI tentou dissolver a assembleia convocada ao impedir a reunião dos deputados na sala onde aconteciam as sessões. Inconformados mediante a intransigência real, os membros do Terceiro Estado reuniram-dr separadamente, em junho de 1789, no “Salão da Péla”. Nessa reunião improvisada realizaram um juramento onde se comprometiam a ficar juntos até que fosse elaborada uma nova Constituição para a França.

Com isso, a reunião dos Estados Gerais transformou-se em uma Assembleia Nacional Constituinte. Pressionado com tal ato de hostilidade ao interesse monárquico, o rei Luis XVI reconheceu as novas atribuições assumidas pelos Estados Gerais. Contudo, resolveu pressionar seus integrantes com a demissão de Necker e a convocação do conservador barão de Bretevil para o ministério das finanças.

Explicação:

Respondido por paulodasilva12
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Durante a década de 1780.

A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa.

No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI. O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição social da França era a seguinte:

Primeiro Estado: clero;

Segundo Estado: nobreza;

Terceiro Estado: restante da população.

Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que trabalhavam em suas terras.

O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um entrave para o desenvolvimento de seus negócios. A desigualdade social é a primeira causa da revolução.

Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Esses gastos foram agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de classe no país também contribuía para a crise.

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