explique porque na idade moderna o mundo deixou de ser teocentrico e passou a ser antropocêntico.
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Teocentrismo x Antropocentrismo
Ao romper com os paradigmas* defendidos pela Igreja Católica, o Renascimento representou a ascensão dos ideais burgueses sobre o pensamento e a cultura medieval. A mentalidade renascentista rompeu com a visão de mundo onde a religião ocupava o centro de todas as questões (teocentrismo). Para os humanistas, o centro de toda e qualquer pesquisa deveria ser o próprio ser humano (antropocentrismo) e não a religião, como acontecia anteriormente.
Como resultado imediato disso, a Igreja deixou de ser vista como aquela que tinha as respostas para todos os problemas da vida e da sociedade.
Com suas estruturas ideológicas abaladas, a Igreja Católica perdeu muito de seu poder político e, por incrível que possa parecer, também perdeu muito de seu prestígio mesmo no meio religioso, pois novas interpretações, principalmente humanistas, sobre a religião passaram a surgir, principalmente após a Reforma Protestante.
Características do humanismo
Ser humano no centro do universo: O ser humano passou a ocupar o centro de interesse da sociedade, das artes e das ciências. Com isso, o ser humano tomou o lugar que antes era ocupado pela religião e, consequentemente, pela Igreja.
Retorno aos estudos sobre o Mundo Clássico: Na verdade os renascentistas passaram a idealizar uma cultura greco-romana como perfeita e, por isso, motivo de ser copiada.
Racionalidade acima da superstição: Abandono às explicações supersticiosas ou baseadas somente na fé, tudo tinha que ter uma explicação racional, ou seja, baseada na razão e comprovável cientificamente. Incentivo às ciências.
* Paradigma: Algo que se acredita ser uma verdade absoluta,
Ao romper com os paradigmas* defendidos pela Igreja Católica, o Renascimento representou a ascensão dos ideais burgueses sobre o pensamento e a cultura medieval. A mentalidade renascentista rompeu com a visão de mundo onde a religião ocupava o centro de todas as questões (teocentrismo). Para os humanistas, o centro de toda e qualquer pesquisa deveria ser o próprio ser humano (antropocentrismo) e não a religião, como acontecia anteriormente.
Como resultado imediato disso, a Igreja deixou de ser vista como aquela que tinha as respostas para todos os problemas da vida e da sociedade.
Com suas estruturas ideológicas abaladas, a Igreja Católica perdeu muito de seu poder político e, por incrível que possa parecer, também perdeu muito de seu prestígio mesmo no meio religioso, pois novas interpretações, principalmente humanistas, sobre a religião passaram a surgir, principalmente após a Reforma Protestante.
Características do humanismo
Ser humano no centro do universo: O ser humano passou a ocupar o centro de interesse da sociedade, das artes e das ciências. Com isso, o ser humano tomou o lugar que antes era ocupado pela religião e, consequentemente, pela Igreja.
Retorno aos estudos sobre o Mundo Clássico: Na verdade os renascentistas passaram a idealizar uma cultura greco-romana como perfeita e, por isso, motivo de ser copiada.
Racionalidade acima da superstição: Abandono às explicações supersticiosas ou baseadas somente na fé, tudo tinha que ter uma explicação racional, ou seja, baseada na razão e comprovável cientificamente. Incentivo às ciências.
* Paradigma: Algo que se acredita ser uma verdade absoluta,
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Em vários aspectos da vida, observamos que as oposições são capazes de fornecer sentido a muitas de nossas experiências e escolhas. Direita e esquerda, o bom e o mau, o certo e o errado são apenas alguns desses binômios capazes de surgirem no cotidiano. Na História, quando estudamos atenciosamente o movimento renascentista, essa mesma forma de compreensão surge na oposição constituída entre o Antropocentrismo e o Teocentrismo.
O Teocentrismo é uma das noções que marcaram tipicamente a Idade Média. Na passagem dos séculos IV e V, o teólogo Santo Agostinho realizou um estudo sobre a salvação espiritual e a condição do homem no mundo. Por meio de suas explicações, ele determinou que o homem fosse corrompido pelo pecado original. Desse modo, o ser humano acabava agregando à condição de criatura inferior, imperfeita, poluída e mortal.
Observando o contexto em que produziu a sua obra, podemos ver que as palavras de Santo Agostinho eram fortemente influenciadas pelas guerras e invasões que demarcavam a queda do Império Romano. Com o passar do tempo, vemos que essa perspectiva, aliada ao crescimento da própria Igreja Cristã, acabou marcando o modo de vida teocêntrico experimentado durante a Idade Média.
De fato, no contexto do mundo feudal, a carência de instituições de ensino acabou deixando que a Igreja assumisse o monopólio do conhecimento dessa época. De tal modo, vários representantes do poder clerical transmitiam a noção de que a figura divina estava acima do homem. Não por acaso, a busca pela salvação espiritual acabou tendo maior espaço nos escritos e comportamentos do medievo.
Passando a falar do Antropocentrismo, sabemos que muitas pessoas o identificam como uma das ações que marcam a Renascença e o próprio desenrolar da Idade Moderna. Ao colocar o homem no centro das coisas, a postura antropocêntrica manifestava-se em obras de arte nos tratados filosóficos. Isso significa dizer que os sentimentos, formas e instituições humanas eram pensadas e observadas com grande atenção.
Notando essa mudança de posição, muitos podem dizer que o Antropocentrismo tenha nascido como uma resposta contrária aos modos de agir e pensar da Idade Média. Prosseguindo nesse tipo de argumentação, o comportamento subordinado e místico do religioso homem medieval, seria trocado pela figura de um novo homem interessado em falar de seus problemas e das demais coisas terrenas.
Apesar de lógico, esse argumento não reflete as condições históricas vividas já na Idade Média para que o Antropocentrismo fosse possível. Já no século XII, podemos ver que o diálogo com as ideias greco-romanas, que são de grande traço antropocêntrico, começavam a se desenvolver em alguns escritos da época. No século seguinte, Santo Tomás de Aquino, influenciado por Aristóteles, registrava que o homem deveria ser posto com uma criatura privilegiada ao ser dotada de razão.
Com isso, vemos a configuração de um contexto medieval em que o Antropocentrismo já se desenvolvia enquanto possibilidade de compreensão do mundo. Assim sendo, determinar que o Teocentrismo fora dominante em toda Idade Média ou que o Antropocentrismo seja uma ruptura com a figura divina, renega todo um processo em que a forma de se comportar do homem se transforma gradualmente.
O Teocentrismo é uma das noções que marcaram tipicamente a Idade Média. Na passagem dos séculos IV e V, o teólogo Santo Agostinho realizou um estudo sobre a salvação espiritual e a condição do homem no mundo. Por meio de suas explicações, ele determinou que o homem fosse corrompido pelo pecado original. Desse modo, o ser humano acabava agregando à condição de criatura inferior, imperfeita, poluída e mortal.
Observando o contexto em que produziu a sua obra, podemos ver que as palavras de Santo Agostinho eram fortemente influenciadas pelas guerras e invasões que demarcavam a queda do Império Romano. Com o passar do tempo, vemos que essa perspectiva, aliada ao crescimento da própria Igreja Cristã, acabou marcando o modo de vida teocêntrico experimentado durante a Idade Média.
De fato, no contexto do mundo feudal, a carência de instituições de ensino acabou deixando que a Igreja assumisse o monopólio do conhecimento dessa época. De tal modo, vários representantes do poder clerical transmitiam a noção de que a figura divina estava acima do homem. Não por acaso, a busca pela salvação espiritual acabou tendo maior espaço nos escritos e comportamentos do medievo.
Passando a falar do Antropocentrismo, sabemos que muitas pessoas o identificam como uma das ações que marcam a Renascença e o próprio desenrolar da Idade Moderna. Ao colocar o homem no centro das coisas, a postura antropocêntrica manifestava-se em obras de arte nos tratados filosóficos. Isso significa dizer que os sentimentos, formas e instituições humanas eram pensadas e observadas com grande atenção.
Notando essa mudança de posição, muitos podem dizer que o Antropocentrismo tenha nascido como uma resposta contrária aos modos de agir e pensar da Idade Média. Prosseguindo nesse tipo de argumentação, o comportamento subordinado e místico do religioso homem medieval, seria trocado pela figura de um novo homem interessado em falar de seus problemas e das demais coisas terrenas.
Apesar de lógico, esse argumento não reflete as condições históricas vividas já na Idade Média para que o Antropocentrismo fosse possível. Já no século XII, podemos ver que o diálogo com as ideias greco-romanas, que são de grande traço antropocêntrico, começavam a se desenvolver em alguns escritos da época. No século seguinte, Santo Tomás de Aquino, influenciado por Aristóteles, registrava que o homem deveria ser posto com uma criatura privilegiada ao ser dotada de razão.
Com isso, vemos a configuração de um contexto medieval em que o Antropocentrismo já se desenvolvia enquanto possibilidade de compreensão do mundo. Assim sendo, determinar que o Teocentrismo fora dominante em toda Idade Média ou que o Antropocentrismo seja uma ruptura com a figura divina, renega todo um processo em que a forma de se comportar do homem se transforma gradualmente.
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