Explique por que o artista cria símbolos e não cópias da natureza a partir da sua intuição?
Soluções para a tarefa
Resposta:
a arte como SIMBOLO
Para alguns filósofos da arte a teoria da expressão deve ser substituída e, no mínimo, completada por uma teoria da significação. Por outras palavras, a arte seria mais profundamente definida como símbolo de sentimentos — e de outros processos psíquicos do que como sua expressão. Algumas obras de arte, em especial as musicais, são a representação icónica de certos processos psicológicos. Deve notar-se que esta definição de arte é de difícil generalização dada a dificuldade em interpretar muitas manifestações artísticas, sobretudo as actuais.
«Segundo a teoria da significação, as obras de arte são signos icónicos do processo psicológico que se verifica nos seres humanos e, especificamente, são signos dos sentimentos humanos. A música é o elemento mais claro porque nela não está presente o elemento representativo. A música é essencialmente cinética; sendo uma arte temporal, flui com o tempo: agita-se, salta, ondula, torna-se impetuosa, eleva-se, titubeia, move-se de novo, etc. Os esquemas rítmicos da música parecem-se com os da vida: noutros termos, são icónicos. Assim, para dar exemplos evidentes, os esquemas rítmicos de subidas e descidas, de crescendos e diminuendos, com elevações graduais até a um clímax que logo cessa (como pode ver-se no “Liebestodt” do Tristão e Isolda de Wagner), tem uma considerável semelhança estrutural ou isomorfismo com o ritmo do acto e do clímax sexuais. O esquema do movimento lento do Quarteto número 16, Op. 135, de Beethoven, é similar à inflexão da voz de uma pessoa ao formular perguntas e ao responder-lhes logo».
2. A Arte como Expressão
A concepção da arte como expressão é acentuada e desenvolvida sobretudo pelo romantismo, que valoriza de forma especial o poder criador da imaginação do artista. Expressão de quê? Essencialmente de sentimentos e emoções dificilmente transmissíveis de outra forma. A arte é o veículo privilegiado para a comunicação de sentimentos e emoções não só do artista, mas também de outros seres humanos.
Dizer que a arte é expressão de sentimentos humanos é uma fórmula consagrada que na maioria dos estudantes produz um impacto imediato.
Tradicionalmente a teoria da arte como expressão supõe uma teoria referente àquilo que o artista sente e empreende quando cria uma obra de arte. Tolstoi, Benedetto Croce, R. G. Collingwood e outros escritores divulgaram cada qual ao seu modo esta fórmula; e o público em geral ainda reage à fórmula “arte como expressão” mais favoravelmente do que a qualquer outra. Uma exposição típica desta ideia pode encontrar-se na obra de Collingwood intitulada “The Principles of Art”. Aí descreve o artista como alguém estimulado por uma excitação emotiva, cuja natureza e origem ele próprio desconhece, e que consegue encontrar alguma forma de a expressar: nesse momento a emoção que estimulou a expressão torna-se presente na consciência do artista. Este processo é acompanhado por sentimentos de libertação e de compreensão interior.
Uma famosa versão do conceito de arte como expressão é a teoria de Tolstoi, célebre romancista russo.
arte e vida.