Geografia, perguntado por magaiverchiusi77, 9 meses atrás

Explique por que a região Sul apresenta, historicamente, menores taxas de desigualdade ?

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Respondido por victoriakfisher8
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A redução dos indicadores de desigualdade social no Brasil em comparação aos outros países emergentes do Brics - Rússia, Índia, China e África do Sul - é o principal resultado apontado por uma pesquisa divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. O estudo ''Os Emergentes dos Emergentes'' mostra que os 20% mais pobres do País tiveram um crescimento anual da renda domiciliar per capita de 6,3% entre 2000 e 2007, perdendo apenas para a China, com 8,5%. Já os brasileiros mais ricos, tiveram uma ascenção de apenas 1,7% - a pior do Brics - ficando atrás da Índia (2,80%), África do Sul (7,6%) e China (15%).

A pesquisa mostra ainda que os 30 municípios do País com maiores participações nas classes A, B e C estão na região sul, com a menor desigualdade de renda observada. Grande parte dessas cidades está localizada no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sendo a primeira delas Westfalia (RS), com 94,16% da população inserida nas classes ABC. Maringá é o município paranaense com melhor posição entre as 100 primeiras (87º), com 87,17% da população posicionada entre a A e C, seguido de Curitiba (98º), com 86,23%. Londrina ficou em 355º lugar, com pouco mais de 80% dos cidadãos nas classes ABC.

Por outro lado, as classes D e E - majoritárias em 2003, com 92,8 milhões de pessoas no país - perderam espaço para a C, que saltou de 45,6 para 105,4 milhões de pessoas em sete anos. Já a classe A está atualmente com 22,5 milhões de pessoas.

O levantamento apura que no Brasil a evolução dos indicadores das classes sociais têm mostrado desempenho superior ao dos dados macroeconômicos, enquanto nos demais países emergentes a relação é a oposta. ''A desigualdade está caindo muito mais no Brasil do que em outros emergentes'', afirma Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV. A renda familiar tem crescido, na média anual, 1,8% acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2003 e 2010. Já na China, a relação é inversa: a renda familiar cresce dois pontos percentuais abaixo do PIB do período. ''Aqui o microssocial está evoluindo melhor do que o macroeconômico'', aponta Néri.

De acordo com Cid Moreno, economista técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este não é um fenômeno exclusivo apenas da região sul do País. Ele elenca três principais fatores para a redução da desigualdade nacional: a política de recuperação de valorização do salário mínimo, a geração de empregos e a atuação dos programas sociais (como o Bolsa Família). ''Quando acontece a elevação do salário, o efeito é muito rápido, atingindo um grande número de pessoas. Existe um compromisso que até 2014 o salário continue em ascensão'', observa o especialista.

Outros fatores que devem ser ressaltados é a ampliação do mercado de trabalho formal e a política assistencialista, principalmente nas regiões mais pobres. ''Apesar das críticas contra esta política, o que precede é o dever do Estado dar as condições mínimas de sobrevivência à população.

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