Explique oque foi colonização fenicia
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Os fenícios chegaram às costas libanesas por volta de 3000 a.C. Sua origem é obscura, mas sabe-se que eram semitas, procedentes provavelmente do golfo Pérsico. No começo, estiveram divididos em pequenos estados locais, dominados às vezes pelos impérios da Mesopotâmia e do Egito. Apesar de submetidos, os fenícios conseguiram desenvolver uma florescente atividade econômica que lhes permitiu, com o passar do tempo, transformar-se numa das potências comerciais hegemônicas do mundo banhado pelo Mediterrâneo.
A dependência dos primeiros fenícios em relação ao poderio egípcio iniciou-se com a IV dinastia (2613-2494, aproximadamente), e é notada pela grande quantidade de objetos de influência egípcia encontrados nas escavações arqueológicas. No século XIV a.C., a civilização grega de Micenas fez seu aparecimento na Fenícia, com o estabelecimento de comerciantes em Tiro, Sídon, Biblo e Árado.
As invasões dos chamados povos do mar significaram uma grande mudança para o mundo mediterrâneo: os filisteus se instalaram na Fenícia, enquanto Egito e Creta começavam a decair como potências. Dessa forma, a Fenícia estava preparada no século XIII a.C. para iniciar a sua expansão marítima.
A cidade de Tiro assumiu o papel hegemônico na região. Em pouco tempo, seus habitantes controlaram todas as rotas comerciais do interior, comercializando principalmente madeira de cedro, azeite e perfumes. Quando dominaram o comércio na área, iniciaram a expansão pelo Mediterrâneo, onde fundaram muitas colônias e feitorias.
Os fenícios escalaram primeiro em Chipre, ilha com a qual há muito mantinham contato, e no século X a.C. se estabeleceram em Cício ou Kítion (Larnaca). A faixa costeira da Anatólia também conheceu a presença fenícia, embora lá não se tenham estabelecido colônias permanentes. No sul da Palestina, sob domínio judeu desde o fim do século XI a.C., assentaram-se colônias comerciais estáveis, assim como no Egito, sobretudo no delta do Nilo.
O Mediterrâneo ocidental foi, no entanto, a região de maior atração para os fenícios, que mantiveram relações econômicas com Creta, mas a presença dos gregos os induziu a dirigirem-se mais a oeste, chegando à Sicília, onde fundaram Mócia (Mótya), Panormo (Panormum) e Solos (Sóloi). No norte da África, os fenícios tinham-se estabelecido em Útica no século XII a.C. e fundaram outros núcleos no século IX a.C., entre os quais Cartago. Na península ibérica, Gades (Cádiz), fundada no século XII a.C., foi o porto principal dos fenícios, que ali adquiriam minerais e outros produtos do interior. Na ilha de Malta, a Fenícia impôs seu controle no século VIII a.C., e a partir de Cartago fez o mesmo em relação a Ibiza no século VI a.C.
O esplendor econômico e cultural da Fenícia viu-se ameaçado a partir do século IX a.C., quando a Assíria, que precisava de uma saída para o mar a fim de fortalecer sua posição política no Oriente Médio, começou a introduzir-se na região. O rei assírio Assurbanipal estendeu sua influência a Tiro, Sídon e Biblo, cidades às quais impôs pesados tributos.
A dominação assíria obrigou as cidades fenícias a firmarem uma aliança: em meados do século VIII a.C., Tiro e Sídon se uniram para enfrentar os assírios, aos quais opuseram tenaz resistência; mas, apesar desses esforços de independência, a Assíria manteve sua hegemonia. Os egípcios, também submetidos à influência assíria, estabeleceram um pacto defensivo com Tiro no início do século VII a.C., mas foram vencidos.
No fim desse século, Nabucodonosor II impôs a hegemonia da Babilônia no Oriente Médio. O rei babilônico conquistou a região da Palestina e, depois de longo assédio, submeteu Tiro em 573 a.C. A Pérsia substituiu a Babilônia em 539 a.C. como poder hegemônico. A partir de então, Sídon passou a ter supremacia sobre as outras cidades fenícias e colaborou com o império persa contra os gregos, seus principais inimigos na disputa do controle comercial do Mediterrâneo. Os persas incluíram a Fenícia em sua quinta satrapia (província), junto com a Palestina e Chipre. Sídon procurou então uma aproximação com os gregos, cuja influência cultural se acentuou na Fenícia.
No século IV, o macedônio Alexandre o Grande irrompeu na Fenícia; mais uma vez, Tiro foi a cidade que apresentou a resistência mais forte, mas, esgotada por anos de lutas contínuas, caiu em poder de Alexandre em 322 a.C. Depois da derrota, toda a Fenícia foi tomada pelos gregos. Finalmente, Roma incorporou a região a seus domínios, como parte da província da Síria, em 64 a.C.