Artes, perguntado por ja4338821, 11 meses atrás

explique o porquê da utilização do sinal de "em gosto não se discute​

Soluções para a tarefa

Respondido por santosiana190
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Resposta:

Gosto: o ícone da falta de diálogo. Mal você começa a falar de alguma coisa, fala bem, fala mal, lá vem a frase: "Ah, mas eu gosto!" ou "Eu não gosto!". O que significa isso? Nada, absolutamente nada. Pior é quando vem a expressão, tão boba e batida: "Gosto não se discute". O engraçado é que quem diz isso é justamente quem diz que gosta ou não gosta de alguma coisa, logo não quer discutir, não quer se comunicar.  

Não goste de nada, nem desgoste de nada. O gosto não é nada além de um cala boca... em vc mesmo. Ou, melhor, se gosta, desgoste, se desgosta, goste pelo menos um pouco. Porque gostar ou não gostar faz parte da mesma moeda, duas faces opostas, mas iguais.  

O gosto vem do Eu, essa farsa que cada vez mais a lógica ocidental de pensar vende e revende. O Eu é uma imagem no espelho que, geralmente, quando descobre que tem espinhas ou rugas, culpa o espelho.  

Eu sou assim, diz o Eu. Logo, não diz muita coisa, ou não quer dizer nada, assim como não quer ouvir nada, nem se comunicar. Não há diálogo entre dois Eus, exatamente pelo motivo de que basta um Eu e nunca há lugar pra outro. Não há ninguém que se falseie mais do que aquele, ou aquela, que se afirma pelo que gosta.  

Você é mais do que o seu Eu, é mais do que o que gosta ou desgosta. Se quiser se achar, procure no abismo entre o gosto e o desgosto, rache o eu em mil partes e use-o como um caleidoscópio. Você estará mais próximo de si mesmo, porém, completamente distante do que você chama de Eu.  

Tome aquilo que você considera mais banal, a lógica que você usa sem pensar. Como parar no sinal vermelho, ou seguir no verde, ou amar quem lhe faz bem e odiar quem lhe faz mal. Pense! Por que o vermelho lhe faz parar? Por que o verde lhe convida a seguir? Por que seus amigos lhe fazem bem, por que seus inimigos lhe fazem mal? Pense que, por exemplo, os amigos lhe fazem muito mais mal do que o pior inimigo, e que um bom inimigo é alguém a ser preservado.  

Você não entende? Pára com isso... e pense! Sinta! Afinal, para que cabeça? Para que coração?

Explicação:

Gosto: o ícone da falta de diálogo. Mal você começa a falar de alguma coisa, fala bem, fala mal, lá vem a frase: "Ah, mas eu gosto!" ou "Eu não gosto!". O que significa isso? Nada, absolutamente nada. Pior é quando vem a expressão, tão boba e batida: "Gosto não se discute". O engraçado é que quem diz isso é justamente quem diz que gosta ou não gosta de alguma coisa, logo não quer discutir, não quer se comunicar.  

Não goste de nada, nem desgoste de nada. O gosto não é nada além de um cala boca... em vc mesmo. Ou, melhor, se gosta, desgoste, se desgosta, goste pelo menos um pouco. Porque gostar ou não gostar faz parte da mesma moeda, duas faces opostas, mas iguais.  

O gosto vem do Eu, essa farsa que cada vez mais a lógica ocidental de pensar vende e revende. O Eu é uma imagem no espelho que, geralmente, quando descobre que tem espinhas ou rugas, culpa o espelho.  

Eu sou assim, diz o Eu. Logo, não diz muita coisa, ou não quer dizer nada, assim como não quer ouvir nada, nem se comunicar. Não há diálogo entre dois Eus, exatamente pelo motivo de que basta um Eu e nunca há lugar pra outro. Não há ninguém que se falseie mais do que aquele, ou aquela, que se afirma pelo que gosta.  

Você é mais do que o seu Eu, é mais do que o que gosta ou desgosta. Se quiser se achar, procure no abismo entre o gosto e o desgosto, rache o eu em mil partes e use-o como um caleidoscópio. Você estará mais próximo de si mesmo, porém, completamente distante do que você chama de Eu.  

Tome aquilo que você considera mais banal, a lógica que você usa sem pensar. Como parar no sinal vermelho, ou seguir no verde, ou amar quem lhe faz bem e odiar quem lhe faz mal. Pense! Por que o vermelho lhe faz parar? Por que o verde lhe convida a seguir? Por que seus amigos lhe fazem bem, por que seus inimigos lhe fazem mal? Pense que, por exemplo, os amigos lhe fazem muito mais mal do que o pior inimigo, e que um bom inimigo é alguém a ser preservado.  

Você não entende? Pára com isso... e pense! Sinta! Afinal, para que cabeça? Para que coração?

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