Artes, perguntado por Eduardauchira, 10 meses atrás

explique o pensamento de John Ruskin e Willian Morris sobre a influência da indústria sobre a produção artística ​

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Respondido por laryssa10silveira
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Resposta:

Explicação:

William Morris(1834-1896) viveu na Inglaterra na Era Vitoriana, em meados do século XIX, este período foi marcado pela prosperidade e paz (Pax Britannica) para os britânicos, com os lucros adquiridos com a expansão do Império Britânico e com a consolidação da Revolução Indústrial. Na Inglaterra Vitoriana surge um novo caminho da cultura romântica, resultante da soma do Iluminismo inglês tardio e do nascente Idealismo alemão.

A Inglaterra opunha-se as ideologias revolucionárias, e com isso houve um retrocesso social, uma involução cultural e mais tarde um hipocrita moralismo vitoriano. Devido a isso, a arte segundo Argan “recai a um nível de baixo anedotismo, de um humorismo de clube; com uma moral gorsseiramente utilitária não poderia coexistir um interesse estético. Quando renasce um interesse estético, é para combater a moral grosseiramente utilitária. Na Inglaterra paleoindustrial, afinal, a arte pretende ter uma função não tanto humanitária, e sim corretiva e saneadora.”.

William Morris estudou na Faculdade de Exeter, em Oxford, onde interessou-se pela arquitetura, belas artes e pela arte indústrial. E foi em Oxford que conheceu as obras de John Ruskin(1), um crítico de arte que, foi conselheiro e defensor da Irmandade dos Pré-Rafaelistas(2).

William Morris segue fielmente as teorias de Ruskin e o que é singular em Morris é que ele avança sobre a teoria e chega até a prática, segundo Benevolo, Morris “traz para essa linha de pensamento, assim, uma série de determinações concretas, extraídas de sua experiência no trabalho, e entrega ai movimento moderno não apenas uma bagagem de idéias, mas uma experiência ativa de importância infinitamente maior.”.

Em 1856, Morris entra para o estúdio gótico do arquiteto Street, e no ano seguinte têm contado com os pré-Rafaelistas, o que o instiga a pintar e a escrever poesias.

Em 1857, Morris questiona sobre a compatibilidade do lugar em que o artista habita com a sua personalidade, segundo Nikolar Deusner, Morris “foi assaltado pela conficção de que para alguém se dedicar a pintar quadros sublimes precisa esse alguém de habitar num ambiente compatível com o seu temperamento, de viver numa casa decente, com cadeiras e mesas decentes, e não tinha meios para comprar as coisas que o poderiam satisfazer. Foi esta situação que despertou subitamente o seu génio pessoal; se não podemos comprar uma sólida e honesta mobília, façamo-la nós próprios.”

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