explique o motivo para a escolha da figura de Tiradentes como herói nacional
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Tiradentes, ao contrário do q se pensa, não foi herói de nada. Foi um herói fabricado.
O herói é um elemento importante, um símbolo que ajuda na legitimação de uma idéia fazendo ma identificação instantânea entre o público alvo (no caso da República, o povo) e a essa idéia veiculada. Alguns heróis surgem de forma espontânea enquanto outros, na falta de um natural, precisam ser forjados nos moldes mais apropriados.
Quando o herói é criado, busca-se conter todos os elementos simbólicos que possuam alguma importância à nação, pois como disse José Murilo de Carvalho: “herói que se preza tem que ter, de algum modo, a cara da nação” (p.55) e tem que, ainda, suprir necessidades e aspirações daquele povo. O povo tem que se enxergar na imagem do herói.
No Brasil era necessária a criação de um herói para se opor à Monarquia e o povo devia absorver essa idéia para que ela fosse legitimada. Foram considerados muitos candidatos para o lugar de “herói da República”, dentre eles os principais participantes do evento da Proclamação. No entanto, todos apresentavam pontos contrários – ora se identificavam com o antigo regime, ora com o Exército.
A figura de Tiradentes emergiu do passado como a imagem ideal para o herói procurado. Morto de forma que comoveu uma cidade inteira, por muitos ele foi considerado um mártir e essa idéia foi disseminada sob uma comparação intensa com a figura de Jesus.
As comparações com Jesus seriam uma forma eficaz de fazer a identificação entre o herói e o povo – profundamente religioso. A começar pela descrição feita e disseminada da forma que se deu sua sentença e que ela foi recebida pelo réu: ele teria ficado satisfeito pois, dentre onze julgados, ele seria o único a ser sacrificado e morreria pelos pecados dos demais. Ao ser executado, as descrições correntes afirmavam que ele estaria sem medo, como um mártir. A idéia de martírio por um ideal passou a ser difundida pela literatura que começava a mitificar o “herói”, comparando-o diretamente com Jesus, como nos versos de Castro Alves citados por José Murilo de Carvalho: “O Cristo da multidão!/É Tiradentes quem passa...” (pág. 60). Aos poucos o povo começava a se familiarizar e tomar partido do novo herói, pois as referências eram constantes também por parte dos jornais. Tal qual Jesus, Tiradentes possuía uma cruz – a forca - e um calvário – seu trajeto desde a cadeia até o cadafalso. A imagem física de Tiradentes, embora nenhuma pessoa que o tivesse conhecido pessoalmente o tenha retratado ou descrito, também foi criada de forma semelhante à de Jesus que aparece nas iconografias mais famosas – barbas e cabelos longos e olhos claros.
A idéia que a República queria passar de Tiradentes comparando-o a Jesus, era passar uma imagem de herói quase religioso, tamanha a passividade com que fora sacrificado e não a imagem de herói rebelde morto em batalha ou reivindicando seus direitos, como fora morto Frei Caneca, um dos candidatos ao posto de herói e possivelmente não tenha sido eleito por esse motivo. Para o governo, identificar o povo a uma figura rebelde com certeza não seria interessante.Fonte(s):estudo História. essa foi a resposta de uma questão do ano passado
O herói é um elemento importante, um símbolo que ajuda na legitimação de uma idéia fazendo ma identificação instantânea entre o público alvo (no caso da República, o povo) e a essa idéia veiculada. Alguns heróis surgem de forma espontânea enquanto outros, na falta de um natural, precisam ser forjados nos moldes mais apropriados.
Quando o herói é criado, busca-se conter todos os elementos simbólicos que possuam alguma importância à nação, pois como disse José Murilo de Carvalho: “herói que se preza tem que ter, de algum modo, a cara da nação” (p.55) e tem que, ainda, suprir necessidades e aspirações daquele povo. O povo tem que se enxergar na imagem do herói.
No Brasil era necessária a criação de um herói para se opor à Monarquia e o povo devia absorver essa idéia para que ela fosse legitimada. Foram considerados muitos candidatos para o lugar de “herói da República”, dentre eles os principais participantes do evento da Proclamação. No entanto, todos apresentavam pontos contrários – ora se identificavam com o antigo regime, ora com o Exército.
A figura de Tiradentes emergiu do passado como a imagem ideal para o herói procurado. Morto de forma que comoveu uma cidade inteira, por muitos ele foi considerado um mártir e essa idéia foi disseminada sob uma comparação intensa com a figura de Jesus.
As comparações com Jesus seriam uma forma eficaz de fazer a identificação entre o herói e o povo – profundamente religioso. A começar pela descrição feita e disseminada da forma que se deu sua sentença e que ela foi recebida pelo réu: ele teria ficado satisfeito pois, dentre onze julgados, ele seria o único a ser sacrificado e morreria pelos pecados dos demais. Ao ser executado, as descrições correntes afirmavam que ele estaria sem medo, como um mártir. A idéia de martírio por um ideal passou a ser difundida pela literatura que começava a mitificar o “herói”, comparando-o diretamente com Jesus, como nos versos de Castro Alves citados por José Murilo de Carvalho: “O Cristo da multidão!/É Tiradentes quem passa...” (pág. 60). Aos poucos o povo começava a se familiarizar e tomar partido do novo herói, pois as referências eram constantes também por parte dos jornais. Tal qual Jesus, Tiradentes possuía uma cruz – a forca - e um calvário – seu trajeto desde a cadeia até o cadafalso. A imagem física de Tiradentes, embora nenhuma pessoa que o tivesse conhecido pessoalmente o tenha retratado ou descrito, também foi criada de forma semelhante à de Jesus que aparece nas iconografias mais famosas – barbas e cabelos longos e olhos claros.
A idéia que a República queria passar de Tiradentes comparando-o a Jesus, era passar uma imagem de herói quase religioso, tamanha a passividade com que fora sacrificado e não a imagem de herói rebelde morto em batalha ou reivindicando seus direitos, como fora morto Frei Caneca, um dos candidatos ao posto de herói e possivelmente não tenha sido eleito por esse motivo. Para o governo, identificar o povo a uma figura rebelde com certeza não seria interessante.Fonte(s):estudo História. essa foi a resposta de uma questão do ano passado
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Pela independência do Brasil, em meio à dominação dos portugueses, Joaquim José da Silva Xavier lutou ate a morte.
O Brasil e independente, nada mas justo que uma pessoa que morre por essa causa seja nossa figura
De traidor a herói!
O Brasil e independente, nada mas justo que uma pessoa que morre por essa causa seja nossa figura
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