Explique o fim do Império Romano
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A partir do séc. V a.C., Roma é uma cidade republicana, organizada, por um lado, na base da distinção antiga entre nobres (patrícios) e não nobres (plebeus) e, por outro, na base de uma divisão da sociedade em classes em função da fortuna. Roma lança-se à conquista da Itália; depois, dos territórios que rodeiam o Mediterrâneo, territórios onde se havia desenvolvido múltiplos focos da civilização na base da cultura helênica. Os romanos destroem as instituições das cidades conquistadas, deportam em massa para a Itália os notáveis e entregam-se a pilhagem dos recursos: agrícolas, obras de arte acumuladas há séculos etc. É assim que a Grécia, mãe da civilização antiga, perde, com a liberdade política, o essencial do seu poder criador do domínio da cultura. Mas as vitórias militares vão engedrar em Roma perturbações sociais consideráveis, pelo enriquecimento de alguns e o empobrecimento de outros. Ao mesmo tempo, a escravatura toma proporções cada vez mais consideráveis com a extensão da dominação romana. Início das revoltas escravas. Por volta de 123 a.C., Eunoús ( o benevolente), escravo na Sicília, revolta-se e forma um exército de 6000 escravos; só é vencido pelas tropas romanas ao fim de nove anos. A revolta mais importante foi em 73-71 a.C., sob a direção de Espártaco, mas ao fim é morto em combate e os escravos crucificados ao longo da estrada que vai de Cápua a Roma. A partir do séc. II d.C. necessidades fiscais conduzem o Estado a organizar nas suas terras grandes explorações agrícolas, que, no entanto, favorecem a concentração das explorações. A classe média declina, impedindo o desenvolvimento das técnicas de produção. Crises monetárias e fiscais sacodem a sociedade romana, O ouro falta, porque a balança comercial é dificitária. A moeda desvaloriza-se, Os preços sobem e daí resultam grandes perturbações sociais. No início do séc. III d.C., a aristocracia, insurgida contra o poder imperial e esmagada por Caracala (211-217). Depois de um período de anarquia estrema (235-265), o sistema administrativo é novamente transformado e os imperadores procuram resolver os problemas econômicos por um intervencionismo cada vez mais acentuado. A grande concentração das terras leva a uma regressão da produtividade. A destruição de todo o espírito cívico pelo absolutismo imperial, as dificuldades econômicas, explicam o enfraquecimento progressivo do Império romano. Finalmente, em 476, o exército bárbaro acantonado na Itália revolta-se e leva ao trono o seu chefe Odoacro. O Estado Romano desintegra-se.
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