explique o estado interior do homem chamado por spinoza de "paixão" ou "afeto".
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Resposta:
A virtude está na ação da nossa causa interna, nos nossos sentimentos, atos e pensamentos. É a passagem da paixão (estado passivo) à ação (estado ativo), dando vazão a nossa interioridade que é o que faz a nossa existência. Dessa forma, o vício submeter-se às paixões, não é um mal, mas uma fraqueza, que acaba por minar as energias internas, que trazem em si a potencialidade de realização do homem, no sentido de existir, de pensar e de agir, Do que segue, que a virtude não é um bem, mas uma força potente, que dá autonomia para a existência. E é na atividade dessa força que está a liberdade do indivíduo.
Por virtude e potência entendo a mesma coisa, (...) a virtude, na medida em que se refere ao homem, é a essência mesma ou a natureza do homem na medida em que este tem o poder de fazer certas coisas que se podem conhecer unicamente pelas leis da sua natureza (Spinoza, 1965, p.226).
Do mesmo modo, Nietzsche nos coloca que as paixões, os desejos e a vontade, se referem à vida, à nossa força vital, não especificamente ao bem ou ao mal, isso não passa de invenção, criação da moral dos fracos. Nietzsche nos posiciona além do bem e do mal. Bem e mal não existem, foram incutidos em nossas mentes com o passar do tempo.