. Explique o ciclo de vida dos fungos e como é a nutrição destes microrganismos.
Soluções para a tarefa
Qual será o maior organismo do planeta? Uma baleia? Uma árvore? Na realidade, alguns dos maiores organismos vivos do planeta săo fungos. Um deles, do género Armillariella que vive no estado americano do Michigan, cobre uma área de 160000 m2. O seu efeito sobre as plantas é visível do ar mas pouco se percebe ao nível do solo, pois apenas se notam grupos de cogumelos espalhados pela zona. A maior parte do corpo do fungo cresce sob o solo e é composto por filamentos microscópicos, apesar de na totalidade pesar tanto como uma baleia azul.
Estudos moleculares mostram que este fungo gigante é um único organismo ou, quando muito, vários igualmente enormes que resultaram do primeiro por fragmentaçăo. No entanto, a maioria dos fungos năo é tăo grande, como os vulgares bolores e cogumelos, chegando mesmo a ser microscópicos, como as leveduras.
Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas actualmente sabe-se que eles săo tăo diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino Reino Fungi.
Os fungos săo um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de 77000 espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverăo existir tantas espécies de fungos como de plantas, mas a maioria năo terá sido ainda descrita.
A origem destes organismos năo é bem conhecida, assumindo-se que existem ancestrais do tipo protista, embora actualmente estes năo sejam reconhecíveis. O fóssil mais antigo de um organismo semelhante a um fungo data de há 900 M.a. mas apenas há 600 M.a. se pode identificar com toda a certeza um fungo no registo fóssil.
Apesar de os fósseis de fungos năo serem invulgares, năo tęm recebido grande atençăo por parte dos paleontólogos. Tendem a ser microscópicos, com um reduzido número a apresentar corpos frutíferos do tipo cogumelo. Os fósseis de fungos săo frequentemente impossíveis de identificar pois năo temos a informaçăo sobre a sua ecologia ou a sua reproduçăo, crucial para a moderna taxonomia dos fungos.
Estudos recentes realizados em material bem preservado contribuíram muito para o nosso conhecimento dos fungos fósseis. Observaçőes microscópicas de fósseis do Devónico mostraram que já nessa época os fungos e as plantas formavam relaçőes simbióticas. De facto, todos os quatro grupos filos modernos de fungos foram identificados em estratos do Devónico, demonstrando que estes colonizaram a terra e iniciaram a sua diversificaçăo muito antes de os primeiro vertebrados saírem do mar.
Os fungos, tal como as bactérias e alguns protistas, săo os decompositores da biosfera, sendo a sua funçăo tăo primordial como a dos produtores. A decomposiçăo liberta dióxido de carbono para a atmosfera, bem compostos azotados ao solo, onde podem ser novamente utilizados pelas plantas e, eventualmente, pelos animais.
Estima-se que os 20 cm superiores do solo fértil contęm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por hectare. Existem mesmo cerca de 500 espécies de fungos marinhos, onde realizam a mesma funçăo que os seus congéneres terrestres.
Tal como para os reinos anteriormente estudados, a caracterizaçăo dos organismos pertencentes ao reino Fungi será feita com base na sua estrutura corporal, nutriçăo, reproduçăo e importância ecológica.