explique extensão territorial norte-americana na ótica da ideologia do destino manifesto
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DESTINO MANIFESTO E O EXPANSIONISMO TERRITORIAL NORTE - AMERICANO
A expressão Destino Manifesto foi primeiramente utilizada por John L. O’Sullivan, num artigo escrito em 1839, mas só publicado em 1845. Neste era defendido que os EUA estavam destinados a realização dos melhores feitos e a manifestar para a humanidade a excelência dos princípios divinos, eles seriam a nação do progresso, da liberdade individual e do emancipação universal, e não haveriam dúvidas que no futuro seria a maior de todas. A partir deste, percebe-se a intenção de ampliação dos princípios americanos pelo mundo. Para Fernando Catroga[1], a expansão territorial dos Estados Unidos está muito fundamentada em seus preceitos religiosos, que teriam dado fundamentação para a teoria do Destino Manifesto. Desde o principio os EUA tiveram a crença em um Deus como um elemento unificador da nação, essa acabou se manifestando nos seus ritos e símbolos, como por exemplo, em discursos, inscrições em monumentos, em produções filatélicas e numismáticas, no culto sacrificial da pátria, dentre outras. Segundo o autor seriam quatro os fatores essenciais que fizeram com que essa crença surgisse e perdurasse ainda hoje: primeiro, nos EUA não existiram conflitos religiosos envolvendo a questão da laicidade, o que acabou prolongando a tradição religiosa puritana; segundo,
a importância do fomento da coesão, através de símbolos e ritos compartilhados, é muito forte numa sociedade sem raízes multi-seculares (ao contrário das européias), investimento que se traduziu na sacralização das instituições e dos fundadores, assim como em representações que suspendem o tempo, de modo a que a América apareça como uma Nação não sujeita a decadência, como se vivesse num perpetuo presente. [2]
É interessante observar aqui as diversas tradições que puderam incitar o exacerbado nacionalismo estadunidense, dentre elas estão o Dia de Ação de Graças ou Thanksgiving, oficializado em 03 de outubro de 1863 para a última quinta- feira do mês de novembro; o Columbus Day, um dos mitos que evoca o nascimento de um novo tempo que se anuncia para o povo estadunidense; feriados dedicados a relembrar personagens da história, como o Dia de Martin Luther King (terceira segunda-feira de janeiro), Dia do Presidente (terceira segunda-feira de fevereiro), Dia da Memória (última segunda-feira de maio), Dia da Independência (4 de julho) Dia dos Veteranos (11 de novembro), dentre outros; a utilização e disseminação da expressão “in God we trust”, que denota o caráter abrangente da crença num Deus provedor; o culto a Bandeira, um dos principais símbolos unificadores de uma Nação; dentre outras. Muitas destas tradições foram inventadas[3] justamente com esse objetivo, o de consolidar a nação, a partir da rememoração de datas e personagens importantes na sua constituição.
Catroga aponta como terceiro fator a hegemonia até agora inabalável ocupada pelos EUA no mundo e como quarto fator, a renovação demográfica, realizada pela chegada de imigrantes que têm os EUA como terra de prosperidade e liberdade.
Baseado na crença de ser uma nação escolhida por Deus e destinada a ser a maior de todas elas, foi que os EUA deram inicio a sua expansão territorial. Segundo Demetrio Magnoli[4], essa expansão amparou-se em quatro teorias: Noções de Segurança, Predestinação Geográfica, Difusão da Liberdade e Lei de Gravitação Político – Geográfica. Vamos agora discorrer um pouco sobre como estas ajudaram na aquisição de novos territórios.