explique como se deu a relação entre os indigenas e portugues.es no inicio da colonização portuguesa no brasil
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Prezada,
A colonização ou invasão das terras que hoje formam o Brasil por Portugal na América requeriam um alto investimento. Seria o comparável, aproximadamente, de irmos conquistar Marte (o planeta vermelho) hoje.
O pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeriam a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo (troca de bugigangas com os índios).
Além disso, não havia uma população tão grande em Portugal como a que existia na Espanha, de modo que era mais interessante, do ponto de vista do lucro financeiro, investir em navios para ir às Índias, ou cultivar a cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira, haja vista estarem mais próximas do continente europeu.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e Portugal desenvolveu a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar o território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía. Além disso, franceses e outros povos ameaçavam o domínio do território por Portugal em razão de acordos com os índios de modo a obter o pau-brasil e outros recursos importantes, como a pimenta.
Assim, o projeto colonizador português partia de experiências já realizadas em algumas ilhas, através das capitanias hereditárias, de modo que transferia os principais gastos do empreendimento colonizador para particulares. Muitos, inclusive diziam algo semelhante a "tenho de conquistar por polegada as terras que o rei me dá em quilômetros", divido ao combate dos índios e franceses.
Exceto por Pernambuco e São Vicente, esse sistema falhou, pois os índios, em razão das invasões, submissão dos indígenas à escravidão, bem como destruição e todos o tipo de pressão que podiam fazer sobre os nativos em busca de tesouros.
Como as notícias se espalhavam rápido entre as tribos indígenas, muitas escolhiam fazer pactos com os franceses, povo europeu que estava mais interessado em fazer o comércio, de maneira que os portugueses eram vistos como inimigos por muitos povos. Isso explica, por exemplo, as dificuldades que eles tiveram em colonizar o Rio Grande do Norte, com a morte de dezenas de portugueses em cada tentativa.
Nesse sentido, as principais razões pelas quais os portugueses venceram os índios foram:
a) As doenças epidêmicas (que em pouco tempo atingem quase toda a população devido à capacidade de contagiar e espalhar-se rapidamente) não existiam aqui. Os europeus trouxeram a gripe, a varíola, o sarampo, a caxumba, tuberculose, peste negra, tifo, dentre outras. Através dos barcos vindos da África, também chegaram aqui a malária, a dengue, e a febre amarela. Estima-se, segundo as ideias de Jared Diamond, que mais de 90% da população indígena tenha morrido após os primeiros contatos com os europeus em razão de contágio dessas doenças.
b) Devido às gigantescas quantidades de vítimas das epidemias enquanto os europeus não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão de, na Europa, após dezenas ou centenas de gerações, a maior parte das pessoas eram descendentes daqueles que apresentavam algum tipo de resistência a essas doenças) houve uma dominação cultural, pois os indígenas passaram a acreditar que isso se devia ao deus dos europeus ser mais forte que os deles, de modo que houve conversão em massa em busca de salvação contra as epidemias e, em parte, por isso, até hoje, a maioria da população que habita a América é cristã.
c) Os europeus apresentavam estratégias militares, conhecimentos históricos, artimanhas e as tecnologias mais avançadas e as utilizaram contra os povos que viviam no continente americano. Um exemplo de artimanha utilizada, por exemplo, era dizer aos índios que, se eles não dissessem onde encontrar ouro, os portugueses colocariam fogo nos rios. Para provar esses poderes, colocavam fogo em algo que parecia água e que os índios não conheciam: o álcool.
d) Os povos indígenas não possuíam animais e plantas tão úteis e eficientes quantos os que os europeus tinham. Afinal, não havia burros, cavalos, porcos, galinhas, cabras, ovelhas, trigo, dentre outros seres domesticados de grande utilidade ao homem, dada a inexistência deles aqui na América. Os poucos seres "domesticados" a duras custas foram, basicamente, o porquinho-da-índia ou preá, o peru, o milho, a batata, e a abóbora.
e) Aliaram-se a algumas tribos, conseguindo acesso aos segredos e gente suficiente para vencer as demais tribos. Aqui no Brasil, por exemplo, utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
A colonização ou invasão das terras que hoje formam o Brasil por Portugal na América requeriam um alto investimento. Seria o comparável, aproximadamente, de irmos conquistar Marte (o planeta vermelho) hoje.
O pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeriam a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo (troca de bugigangas com os índios).
Além disso, não havia uma população tão grande em Portugal como a que existia na Espanha, de modo que era mais interessante, do ponto de vista do lucro financeiro, investir em navios para ir às Índias, ou cultivar a cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira, haja vista estarem mais próximas do continente europeu.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e Portugal desenvolveu a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar o território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía. Além disso, franceses e outros povos ameaçavam o domínio do território por Portugal em razão de acordos com os índios de modo a obter o pau-brasil e outros recursos importantes, como a pimenta.
Assim, o projeto colonizador português partia de experiências já realizadas em algumas ilhas, através das capitanias hereditárias, de modo que transferia os principais gastos do empreendimento colonizador para particulares. Muitos, inclusive diziam algo semelhante a "tenho de conquistar por polegada as terras que o rei me dá em quilômetros", divido ao combate dos índios e franceses.
Exceto por Pernambuco e São Vicente, esse sistema falhou, pois os índios, em razão das invasões, submissão dos indígenas à escravidão, bem como destruição e todos o tipo de pressão que podiam fazer sobre os nativos em busca de tesouros.
Como as notícias se espalhavam rápido entre as tribos indígenas, muitas escolhiam fazer pactos com os franceses, povo europeu que estava mais interessado em fazer o comércio, de maneira que os portugueses eram vistos como inimigos por muitos povos. Isso explica, por exemplo, as dificuldades que eles tiveram em colonizar o Rio Grande do Norte, com a morte de dezenas de portugueses em cada tentativa.
Nesse sentido, as principais razões pelas quais os portugueses venceram os índios foram:
a) As doenças epidêmicas (que em pouco tempo atingem quase toda a população devido à capacidade de contagiar e espalhar-se rapidamente) não existiam aqui. Os europeus trouxeram a gripe, a varíola, o sarampo, a caxumba, tuberculose, peste negra, tifo, dentre outras. Através dos barcos vindos da África, também chegaram aqui a malária, a dengue, e a febre amarela. Estima-se, segundo as ideias de Jared Diamond, que mais de 90% da população indígena tenha morrido após os primeiros contatos com os europeus em razão de contágio dessas doenças.
b) Devido às gigantescas quantidades de vítimas das epidemias enquanto os europeus não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão de, na Europa, após dezenas ou centenas de gerações, a maior parte das pessoas eram descendentes daqueles que apresentavam algum tipo de resistência a essas doenças) houve uma dominação cultural, pois os indígenas passaram a acreditar que isso se devia ao deus dos europeus ser mais forte que os deles, de modo que houve conversão em massa em busca de salvação contra as epidemias e, em parte, por isso, até hoje, a maioria da população que habita a América é cristã.
c) Os europeus apresentavam estratégias militares, conhecimentos históricos, artimanhas e as tecnologias mais avançadas e as utilizaram contra os povos que viviam no continente americano. Um exemplo de artimanha utilizada, por exemplo, era dizer aos índios que, se eles não dissessem onde encontrar ouro, os portugueses colocariam fogo nos rios. Para provar esses poderes, colocavam fogo em algo que parecia água e que os índios não conheciam: o álcool.
d) Os povos indígenas não possuíam animais e plantas tão úteis e eficientes quantos os que os europeus tinham. Afinal, não havia burros, cavalos, porcos, galinhas, cabras, ovelhas, trigo, dentre outros seres domesticados de grande utilidade ao homem, dada a inexistência deles aqui na América. Os poucos seres "domesticados" a duras custas foram, basicamente, o porquinho-da-índia ou preá, o peru, o milho, a batata, e a abóbora.
e) Aliaram-se a algumas tribos, conseguindo acesso aos segredos e gente suficiente para vencer as demais tribos. Aqui no Brasil, por exemplo, utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
falarodrigo:
Depois dos dois pontos é tudo o título do livro. ^^
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