Explique como funcionava o armazenamento da produção agrícola no Egito antigo
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Resposta: A agricultura constituía a principal economia do Antigo Egito. As colheitas mais importantes eram de trigo e cevada. Contava com ferramentas e utensílios de grande importância como pás, foices, enxadas e aradores.
Os proprietários de terra construíam celeiros para armazenar tudo que era colhido. Os celeiros basicamente eram constituídos de uma edificação de dois andares, onde uma escada dava acesso à parte superior, que continham entradas onde o cereal era despejado. Na parte inferior esse cereal era retirado por portas corrediças verticais. Os celeiros em sua grande maioria eram construídos lado a lado, mas também podiam estar nos fundos das residências.
Explicação:
O trabalho no campo era regulado em função das três estações do ano, típicas do país, relacionadas ao ciclo do rio Nilo: Akhit - a inundação, de julho a novembro; Peret - a chamada ,saída, ou reaparecimento da terra cultivável do seio das águas - época da semeadura - que acontecia de novembro a março; Shemu - a colheita, que acontecia de março a junho. Analisada a paralisação das atividades agrícolas durante a inundação, e considerando-se que a colheita, realizada entre fins de março e início de junho, terminava bem antes de ocorrer a nova cheia do rio Nilo, constata-se que o ciclo da agricultura básica durava pouco mais de meio ano.
Note-se que no período das inundações do Nilo, quando praticamente cessavam os trabalhos agrícolas, os camponeses eram requisitados pelo Estado para a prestação de corvéias ou trabalhos nas obras públicas, como a construção de pirâmides ou templos. São conhecidos de diversas épocas decretos reais isentando certos grupos de camponeses desse trabalho forçado.
Os campos de trigo e de cevada - cultivos básicos - sucediam-se desde os pântanos do Delta, ao norte, até a região da Núbia, no extremo sul. Uma vez o rio Nilo voltando ao leito normal após a cheia, iniciava-se o trabalho de cultivo da terra. A primeiro tarefa dos camponeses era a aragem e semeadura da terra, antes mesmo que as águas da inundação se retirassem totalmente. Esses dois afazeres ocorriam no mesmo momento. Camponeses que revolviam a terra com arados e enxadas eram seguidos de imediato de outros camponeses que lançavam as sementes dos cereais, pisoteadas por animais (ovelhas, cabras, etc.) de modo a penetrarem no solo.
À época da colheita, os talos de trigo e de cevada eram cortados pelo meio utilizando-se uma pequena foice de madeira com dentes de sílex. Os talos eram depositados no chão. Feito isso, recolhiam-se as espigas em cestos, sendo transportadas à extremidade do campo. O cereal era então pisoteado por bois de modo a separar o grão da casca, e em seguida peneirado. Era nesse momento que chegavam aos campos os proprietários ou seus representantes, acompanhados de um contingente de escribas, agrimensores, empregados e soldados, os quais iriam, antes de tudo, medir os campos de modo a determinar a percentagem do cereal que o camponês deveria entregar. Os grãos colhidos eram acondicionados em sacas denominadas de khar, com 73 litros.
A construção de celeiros para o armazenamento dos cereais colhidos pelos camponeses constituía uma grande preocupação dos proprietários das terras no Antigo Egito.