História, perguntado por im650855, 9 meses atrás

explique como era a questão do voto na Primera República e nos dias atuais a participação popular ?​

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Respondido por camillaguimaraes324
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Resposta:

A Constituição de 1891 determinou o fim do voto censitário. Assim, não era mais necessário comprovar uma renda mínima para poder votar. Além disso, determinou o sufrágio universal masculino para todos os homens maiores de 21 anos, mas impedia que mendigos, analfabetos, militares de patente baixa e religiosos que faziam voto de obediência, tivessem direito ao voto.

A nova Constituição não fez menção às mulheres, o que significa que esse grupo não tinha direito ao voto. Isso demonstra que os constituintes ainda não enxergavam as mulheres como cidadãs, isto é, indivíduos dotados de direitos políticos.

A nova Constituição ainda ratificou a exclusão profunda de grande parte da população brasileira do direito de votar. Isso porque a década de 1880 ficou marcada pelo fim da escravidão no Brasil, assim, os políticos, membros e representantes das elites econômicas do Brasil anteciparam-se e acabaram aprovando uma lei que reduziu a quantidade de votantes de 10% para 1% da população|5|.

Essa lei ficou conhecida como a Lei Saraiva, sendo aprovada em 1881 e criando um cenário no qual o direito ao voto no Brasil ficou recluso a uma minoria privilegiada. Com a Constituição de 1891, o número de votantes aumentou timidamente e passou de 1% para 2% da população brasileira|6|.

O eleitor José Murilo de Carvalho, usando o Rio de Janeiro como exemplo, demonstrou que na primeira eleição presidencial, que contou com o voto direto para presidente e aconteceu em 1894, a capital do Brasil teve apenas 1,3% da população votando. Esse número aumentou para 2,5% da população, dois anos depois, e chegou a 2,7%, no ano de 1910|7|.

Um fator que afastava uma série de votantes era a violência que marcava as eleições no Brasil. O voto nessa época não era obrigatório, sendo necessário que o votante se alistasse antes da votação para poder realizar o seu voto. Além disso, o voto não era secreto, fazendo com que as eleições pudessem ser facilmente manipuladas e fazendo com que muitos dos eleitores fossem ameaçados.

O sistema eleitoral do Brasil durante a Primeira República foi extremamente conturbado. A utilização do voto de cabresto para eleger os representantes das oligarquias e outras práticas de manipulação dos resultados foram comuns durante todo o período. Somente a partir da década de 1930 que o Brasil começou a criar dispositivos para controlar a fraude eleitoral.

Respondido por queremcassia2211
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O voto nesta fase, era algo tenso, e definido por uma parcela pequena da população. Isso porque apenas homens acima de 21 anos, brasileiros e alfabetizados poderiam votar.

É necessário entender que neste contexto, menos de cinco por cento da população se enquadra nestes requisitos. Além disso, tinha muita interferência por parte dos coronéis nos resultados possíveis da eleição.

 

Em contrapartida, nos dias de hoje, o voto é “universal”, ou seja, podem votar mulheres, indigenas, negros, o que não era possivel naquele momento.

Além disso, como existe uma quantidade maior de votantes, as fraudes acabam por se tornar menos viáveis, já que o controle de cada urna fica praticamente impossível.

No entanto, ainda existe compra de votos (prática ilegal, mas comum no Brasil), e resquiscios do coronelismo principalmente em cidades menores, onde o controle é mais facil.  

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