explique como colonialismo influenciou as bases de racismo em nossa sociedade?
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Resposta:
O império acabou, o colonialismo foi derrotado. Contudo a narrativa construída nesse período continua patente na ideologia identitária nacional e influencia profundamente as relações entre os indivíduos, assim como a organização social.
Reconhecer as continuidades coloniais patentes na sociedade portuguesa é fundamental para desmontar a história única, a ficção contada e recontada sobre esse período da nossa história coletiva.
O racismo em Portugal é estrutural e institucional, privando dos seus direitos fundamentais as pessoas afrodescendentes e de outras comunidades racializadas. A pobreza e exclusão social são as manifestações mais evidentes das desigualdades resultantes da discriminação étnico-racial. No entanto vivemos num estado de negação desta realidade, a sociedade portuguesa apresenta-se como pós-colonial, multirracial e não racista, logo “cega às cores”.
Apesar do discurso público e político, há evidências de um enraizado racismo cultural e biológico na sociedade portuguesa. Os resultados de uma pesquisa, do programa de investigação “Atitudes sociais dos Portugueses” com dados do European Social Survey que inquiriu 40 mil pessoas com mais de 15 anos, revelam que 52,9 dos inquiridos defendem que há culturas muito melhores do que outras e 54,1% que há raças ou grupos étnicos que nasceram menos inteligentes e/ou menos trabalhadores
Estas crenças sobre a inferioridade biológica, cultural e social têm a sua origem na ideologia colonial e inscrevem-se num dos mitos do colonialismo português, o da missão civilizadora.
Segundo os teóricos da ideologia colonial cabia à Europa “salvar as populações indígenas da barbárie e primitivismo aproximando-os assim dos sabres da civilização europeia e ocidental” (Menezes, 2010).
Estes argumentos foram enunciados para justificar a exploração, a barbárie, a violência, a opressão e genocídio dos povos dos países ocupados do continente africano, asiático e americano, construindo uma narrativa que subalterniza, infantiliza e inferioriza as civilizações e populações de modo a legitimar as intervenções imperiais em curso.
A propaganda colonial associa a este conceito um outro mito, o de que a expansão Portuguesa foi benigna. A celebração dos chamados “Descobrimentos” alicerça-se no orgulho na expansão marítima. Defende-se a excecionalidade da colonização portuguesa, afirmando-se que Portugal “deu novos mundos ao mundo”, que a colonização portuguesa teve o mérito da miscigenação e que não enfermou da violência e opressão perpetradas por outros regimes colonialistas. Esta retórica, apoiada na teoria lusotropicalista enunciada por Gilberto Freyre nas suas obras, promove a defesa acrítica da excecionalidade do projeto colonial português, assente na fantasia de uma especial vocação dos portugueses para a miscigenação e adaptação às culturas dos trópicos. A narrativa que daí resultou, propagou e continua a propagar a ideia de que Portugal teve um colonialismo suave e de que promoveu um harmonioso encontro de culturas. Narrativa esta que impede o reconhecimento, não só da brutal violência sobre a qual foi erigido o projeto colonial português, mas também da luta determinada e da persistente resistência que lhe opuseram os povos negros desde o início do jugo colonial
Explicação:
melhor resposta por favor
Resposta:
A construção histórica do racismo no brasil
Explicação:
destaca o impacto que a falta de políticas públicas para os ex-escravos deixou para seus descendentes no país