explique como a organização mundial da saúde espera conter o estigma
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) batizou a doença provocada pelo novo coronavírus de Covid-19. A doença já tem mais de dois meses, mas só agora recebeu um nome. Covid-19 é uma junção de co, de corona; vi, de vírus; e d, de disease, palavra inglesa que significa doença em português. O 19 indica o ano em que surgiu: 2019.
Assim, a Organização Mundial da Saúde espera conter o estigma: sem uma identificação oficial, a doença chegou a ser chamada de “coronavírus de Wuhan”, o epicentro da epidemia, na China.
Começou, nesta terça-feira (11), o Fórum Global de Pesquisa e Inovação convocado pela OMS. Mais de 300 especialistas estão reunidos em Genebra, na Suíça. O objetivo é avançar no desenvolvimento de testes de diagnóstico, medicamentos e vacinas contra a Covid-19. O diretor-geral disse que a primeira vacina pode estar disponível em um ano e meio.
Tedros Adhanom também alertou que o mundo pode estar diante de uma ameaça global potencialmente maior que o terrorismo, e disse que o vírus deve ser encarado como inimigo público número um.
Já na China, o principal especialista no assunto parece otimista. Zhong Nanshan, um senhor de 83 anos que foi fundamental no combate à Sars, a Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2003, disse esperar que a epidemia do novo coronavírus atinja o pico em fevereiro e termine em abril. Ele se emocionou ao falar sobre o médico Li Wenliang, que foi repreendido pelas autoridades chinesas por ter alertado sobre a nova doença em dezembro e que morreu na semana passada infectado pelo vírus.
Diante de tantas críticas na resposta ao surto, o governo chinês anunciou a demissão do chefe de Saúde de Hubei e a maior autoridade do Partido Comunista na província. Enquanto a cidade de Wuhan segue isolada, médicos e enfermeiros com roupas de proteção resolveram dançar com dezenas pacientes — uma iniciativa para combater a depressão da quarentena.
Nesta terça-feira, morreram mais 94 pessoas pelo novo coronavírus na província de Hubei, na China. Antes desse anúncio do governo chinês, a Organização Mundial da Saúde contava 1.017 mortes na China continental e em Hong Kong e uma nas Filipinas. Os casos confirmados na China passam de 44.300. Em outros 24 países, há 395 casos, nenhum na América Latina e na África.