Explique com suas palavras como era prática do coronelismo no Mato Grosso?
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Resposta:
CORONELISMO. Expressão popularizada em Mato Grosso a partir da segunda metade do século XIX e que perdurou até a década de 1930, com a criação do Estado Novo, de Vargas. O termo tem origem no título de coronel, obtido por empresários e políticos, com ênfase nas duas primeiras décadas do século XX. Calcificou-se em Mato Grosso o título de coronel entre os senhores de engenho do Rio Abaixo e Serra Acima, que alternavam-se no poder político e econômico do Estado, seu principal anteparo e porto seguro. O mandonismo se caracterizava com troca de favores políticos e se criou uma casta social que perdurou por décadas, sendo observado, em algumas situações, até a contemporaneidade. Nesse período se instalou o chamado voto-de-cabresto, que ainda vigora em determinados nichos eleitorais. Tal fato se dava em função do sistema eleitoral frágil e manipulável. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Outra situação comum naquele período era a fraude eleitoral, na qual coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações. O Coronelismo perdeu força com a Revolução de 1930 e chegada de Getúlio Vargas ao poder. Apesar de banida ainda permanece em terras de Mato Grosso algumas práticas do Coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos.
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