Explique as razões que justificam o atraso português na efetiva colonização da América.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Tendo pela frente a imagem de uma América do Norte poderosa e pujante, nação fundada mais de um século depois do Brasil, intelectuais, escritores, políticos e gente do povo, perguntam-se por que razão um país tão grande como o nosso não seguiu um idêntico destino de prosperidade. Qual teria sido a causa última, o pecado original que faz com que o gigante sul-americano seja sempre incluído entre os “ subdesenvolvidos”, dos “ em desenvolvimento”, ou ainda como “ país emergente”, mas nunca no rol dos definitivamente bem sucedidos?
Explicação:
Já vai para mais de século e meio que uma das grandes preocupações dos políticos, escritores e pensadores brasileiros em geral, concentrou-se em encontrar explicações para o subdesenvolvimento do país. Especialmente se comparado com o sucesso dos Estados Unidos. Donde vinha a persistência da síndrome do fracasso que, por vezes, atormenta os brasileiros?
Para responder a isso deve-se recuar alguns séculos, de volta à Metrópole, pois herdou-se tal obsessão dos portugueses. Já nos tempos do Marquês do Pombal ( que foi embaixador em Londres antes de tornar-se primeiro ministro de D.José I, entre 1750-1777), essa fora uma das preocupações dele. Estendida também aos vanguardistas do círculo de Eça de Queirós, se indagavam do porquê do Império Português ser tão medíocre e acanhado se comparado à prosperidade e ao dinamismo dos britânicos, a quem, afinal, historicamente eram tão ligados.
Naqueles tempos, o todo-poderoso Pombal, o “Herói Perfeito” de Basílio da Gama, apontou como causa de tudo o jesuitismo. A Ordem dos Inacianos, milícia da Contra Reforma Católica, era para ele uma corporação sacerdotal francamente hostil aos ideais do progresso que então vigiam na época do Iluminismo. Além disso, havia uma insanável incúria da burocracia portuguesa, uma espécie de inércia paralisante que a imobilizava, reflexo da falta de iniciativa da nobreza lusitana, que não assumia a liderança de uma política econômica que trouxesse prosperidade ao reino.