Explique as importantes linhas de interpretação da História.
Soluções para a tarefa
Teorias da História: as linhas de interpretação abordadas no Enem
Veremos que a História é, acima de tudo, uma ciência da interpretação. Interpretar fontes históricas escritas e visuais é, além do ofício do historiador, o grande desafio que você vai encontrar nas questões de História do ENEM.
A História, por ser uma ciência, tem objetividade. Porém, seu objeto de estudo é marcadamente subjetivo: o homem em sociedade e suas mudanças ao longo do tempo (passado e presente).
Há pelo menos quatro grandes pensadores considerados para o Enem, e que você precisa conhecer para mandar bem nas questões de Sociologia (e de História): Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, e Auguste Comte. Vamos lá!teorias da história
A objetividade histórica tem por base um método que consiste em analisar os vestígios produzidos pelo homem (fontes históricas), considerando-os como produtos de um determinado contexto social, econômico, político e cultural.
É justamente aí que a objetividade científica da História encontra seus limites. As fontes históricas não permitem reconstituir o passado, mas somente as representações que os homens de uma determinada época produziram sobre si, sendo essas representações impregnadas de determinados interesses, expectativas e visões de mundo.
O pintor belga Magritte soube bem retratar essa questão quando pintou em 1929 “A traição das imagens – Isto não é um cachimbo”, diferenciando “significante” e “significado”, considerando que uma determinada coisa pode assumir vários significados além daqueles consolidados pelo uso coletivo.
A História é, por isso, uma ciência interpretativa que rejeita a possibilidade de reconstituir o passado em sua totalidade para chegar a uma verdade absoluta sobre o mesmo. Resumindo, a História não trabalha com “verdades”, mas com “versões”.
Teorias da História
“Isto não é um cachimbo”, pintura a óleo de René Magritte
As primeiras narrativas históricas (relatos sobre o passado) foram produzidas na Grécia Antiga. Heródoto e Tucídides, os principais historiadores gregos, ainda não atentavam para o conceito de representação. Suas narrativas tinham como orientação organizar os fatos do passado dentro de uma sequência e de uma causalidade racionais, construindo um discurso aceitável como verdadeiro.
Heródoto ignorava a possibilidade de uma diversidade de representações sobre os fatos passados, pautando-se em um esforço de diferenciação entre o falso e o verdadeiro. Tucídides, menos maniqueísta que Heródoto, desenvolveu o método de confrontação entre fontes orais e fontes escritas, ainda visando o alcance da verdade histórica.
Foi somente a partir do século XIX que a história adquiriu o status de um campo diferenciado do conhecimento científico, mesmo que tal empenho partisse dos quatro autores clássicos da Sociologia: Comte, Durkheim, Marx e Weber. O ritmo acelerado de transformação da sociedade industrial definiu uma nova linha de questionamento historiográfico: as razões e os sentidos das transformações históricas. Foi a partir daí que a historiografia se dividiu em três perspectivas: positivista, marxista e culturalista.
quatro autores clássicos da Sociologia: Weber, Marx, Comte e Durkheim
Os quatro autores clássicos da Sociologia: Weber, Marx, Comte e Durkheim.
A perspectiva positivista pautou-se nos fundamentos sociológicos de Auguste Comte. Influenciado pelo Iluminismo, Comte entendia a história como uma sequência linear de transformações onde as sociedades evoluem para um nível sempre maior de complexidade econômica, social e cultural. Essa perspectiva permitia entender a sociedade industrial europeia como condutora do processo histórico global, onde o progresso era a grande finalidade e a ciência, seu principal instrumento.