explique as divergências entre os Rebeldes no decorrer da Cabanagem ?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Elites econômicas locais disputavam entre si um projeto de nação, bem como noções próprias de patriotismo, fazendo com que o grau de descontentamento com o governo central aumentasse cada vez mais.
Junto a isso, setores populares (escravos alforriados, indígenas, quilombolas e pobres livres) começam a surgir de forma mais decisiva no cenário político, em reação à situação de miséria em que viviam. A Cabanagem faz parte de uma série de outras revoltas regenciais que, cada qual a seu modo, correspondem a esse turbulento contexto histórico em que o Brasil encontrava-se.
Antes mesmo da independência do Brasil, e do Grão-Pará deixar de ser capitania para tornar-se província, em 1821, a administração central, estabelecida no Rio de Janeiro, possuía um certo isolamento de outras regiões, considerando também as dificuldades de comunicação e acesso ao extenso território brasileiro já naquele período. Esse isolamento do Grão-Pará fazia com que, na ocasião, as atenções políticas estivessem mais voltadas para Portugal do que propriamente para o Brasil litorâneo.
Nesse contexto, surgem duas forças políticas importantes, pois, a partir de uma delas, emerge-se uma das principais lideranças que deram origem à Cabanagem.
A primeira delas assumia um caráter mais conservador, representando os movimentos reacionários, em defesa do absolutismo, e pregando uma maior aproximação com a monarquia portuguesa.
A segunda representava forças modernizadoras liberais na defesa do constitucionalismo, aos moldes dos embates travados em Portugal no episódio da Revolução Liberal do Porto em 1820, mas, também, de uma maior autonomia da então província do Grão-Pará. Os componentes dessa segunda força autoproclamavam-se Patriotas. Desse movimento mais autonomista e liberal, destacaram-se Batista Campos, Eduardo Angelim e Félix Clemente Malcher.