História, perguntado por Bomtempo63, 1 ano atrás

Explique algumas das formas de repressão utilizadas pelos militares para sufocar as oposições

Soluções para a tarefa

Respondido por vinicius9999
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Atos Institucionais, emendas constitucionais que coibia a liberdade de expressão.
Torturas, alguns assassinatos,
OBS: NÃO se deve generalizar tais atos como praticados pelos militares.
Respondido por jojosoliveirape71kj
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Os métodos de tortura utilizados pelo regime militar eram tão cruéis que levavam à morte os torturados ou deixavam-nos loucos. Por Mateus Ramos, Adital

"É como se eles corrompessem sua alma, destruindo o que você tem de bom (...). Eles querem, através do massacre, da desumanidade, que você traia, que você rompa todos os vínculos que tem, como no caso que eu vi, de uma menina que entregou o próprio pai”.

As torturas a que eram submetidos os presos políticos levaram ao surgimento de outro termo: desaparecidos políticos, pessoas que simplesmente sumiram após serem detidas pela polícia.

O site Acervo da Luta Contra a Ditadura (link is external) revela que existem mais de 200 mortes oficiais no período da ditadura, contudo esse número deve ser bem maior, tendo em vista que muitos mortos foram simplesmente "desovados”, para utilizar um termo que os próprios opressores usavam.

Métodos de tortura

"Eles faziam um morde e assopra, me afogavam e depois me faziam respirar, como se eu houvesse me afogado na praia, isso me deixava maluca”, desabafa Cacau ao lembrar-se dos 15 dias que passou sendo torturada.

Pau-de-arara – "Fui para o pau de arara várias vezes. De tanta porrada, uma vez meu corpo ficou todo tremendo, eu estrebuchava no chão”. (Maria do Socorro Diógenes, ex-militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) – O pau-de-arara era uma das formas mais antigas de tortura, utilizada no Brasil desde a época da escravidão. Os torturadores colocavam uma barra de ferro atravessando os punhos e os joelhos do preso, que ficava pelado. A vítima era pendurada a cerca de 20 centímetros do chão, numa posição que causava dores lancinantes e não parava por aí. Depois de pendurado o torturado sofria com choques elétricos, pancadas e queimaduras com cigarros.

Afogamentos – "Os caras me enfiavam de capuz num tanque de água suja, fedida, nojenta. Quando retiravam a minha cabeça, eu não conseguia respirar, porque aquele pano grudava no nariz.” (Maria do Socorro Diógenes, ex-militante PCBR) - Nesse método, os torturadores tapavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira dentro da boca da vítima, obrigando-o a engolir água. Outro método de afogamento era o de imergir a cabeça do torturado em um tanque de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento. Muitas vezes o preso desmaiava, o que não significava o fim da tortura.


Soro da verdade – Existem vários tipos de "soros da verdade”, o utilizado pelo regime militar era o pentotal sódico. Uma droga que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa pode falar coisas que normalmente não falaria (daí o nome de soro da verdade). O problema é que o efeito desse soro é pouco confiável, já que a vítima pode ter alucinações e fantasiar coisas que não são necessariamente verdadeiras. Além disso, em alguns casos, a droga pode levar à morte.

Espancamentos – "Eles giravam os presos dentro das celas e os jogavam contra a parede, deixando marcas de sangue por todos os lados, meu marido tem uma cicatriz na cabeça até hoje por conta disso” (Cacau) - Como o próprio nome já diz, era literalmente um espancamento. O preso recebia agressões físicas de todas as maneiras possíveis, entre as mais violentas estava o "telefone”, onde o torturador batia com as duas mãos, em forma de concha, ao mesmo tempo nos ouvidos do preso. Essa técnica deixava o torturado zonzo e podia até estourar os tímpanos, causando surdez permanente.

Abusos sexuais – "Eles usavam e abusavam. Só nos interrogavam totalmente nuas, juntando a dor da tortura física à humilhação da tortura sexual”. (Gilse Cosenza, ex-militante da Ação Popular, AP). Uma forma cruel de tortura, afeta tanto o físico quanto o psicológico. Esses abusos eram somados aos espancamentos, xingamentos e muita submissão, muitas vezes além do estupro, homens e mulheres tinham objetos introduzidos em seus corpos.

Tortura psicológica – "Com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques. Quando me viu, a Janaína perguntou: ‘Mãe, por que você está azul e o pai verde?’. O Edson disse: ‘Ah, mãe, aqui a gente fica azul, né?’. Eles também me diziam que iam matar as crianças. Chegaram a falar que a Janaína já estava morta dentro de um caixão”. - Considerada por muitos como a forma mais cruel de tortura. Iam desde a humilhação do preso até ameaças de violência contra seus familiares. Mulheres grávidas ou que tinham filhos recém-nascidos, muitas vezes ouviam dos torturadores que nunca mais os veriam. Há também relatos de homens que eram obrigados a assistir a abusos sexuais contra suas mulheres.


(Esquerda.Net)

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