Explique a visão sanitarista para o Brasil da primeira república?
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Resposta: A bem dizer, a história da reforma sanitária brasileira, ao menos em seu período de formação, é tema típico de conquistas ‘pelo alto’, em que estão em jogo percepções e valores de intelectuais, camadas médias e altas e a participação direta do Estado nacional. No período histórico de que aqui se trata, não se pode falar de lutas ‘sociais’ pela saúde, ou de ‘movimentos de trabalhadores’ em defesa dos ‘direitos da saúde’, agendas políticas às quais só muito mais tarde, em décadas recentes, poderemos nos referir. A ação dos poderes constituídos e o alcance das ideologias de saneamento, naquele tempo, estendia-se para além dos maiores portos nacionais. O ano de 1915, se tentarmos precisar um processo difícil de ancorar no tempo, revela os primeiros contornos de ideologias e ações civilizatórias que têm como alvos as populações rurais do país. O movimento de saúde pública apresentava, então, um ímpeto considerável em certas regiões do Brasil, particularmente no eixo Rio-São Paulo. Desde logo, tratava-se de um panorama extremamente diversificado.