Explique a grande polêmica a respeito do último debate entre Lula e Fernando Collor.
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O primeiro turno da eleição de 1989 acabou levando Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva para o embate direto, a ser decidido na segunda fase da eleição – realizada no dia 17 de dezembro. A disputa foi marcada pela polêmica causada pela edição do segundo debate entre os candidatos, transmitida no Jornal Nacional, da Rede Globo, no dia 15 de dezembro.
O primeiro turno da eleição de 1989 acabou levando Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva para o embate direto, a ser decidido na segunda fase da eleição – realizada no dia 17 de dezembro. A disputa foi marcada pela polêmica causada pela edição do segundo debate entre os candidatos, transmitida no Jornal Nacional, da Rede Globo, no dia 15 de dezembro.Na época, houve manifestações de eleitores de Lula contra a emissora. Eles alegavam que a edição não mostrou o que de fato aconteceu no debate e foi favorável à Collor. O PT chegou a mover uma ação contra a Globo no Tribunal Superior Eleitoral, com um pedido de direito de resposta, que foi negado. A eleição passou, mas a polêmica permaneceu.
A edição do último debate entre Collor e Lula é criticada até hoje por, possivelmente, haver alterado o resultado daquela eleição. Veja como foi a versão levada ao ar pelo Jornal Nacional, no ano de 1989, favorecendo Collor de Mello.
Em 2015 a Globo reconheceu o erro. Veja neste trecho publicado pelo Portal Imprensa:
Na quarta-feira (22/4/2015), a Globo fez um mea-culpa sobre a edição do último debate entre Luiz Início Lula da Silva e Fernando Collor de Melo nas eleições de 1989, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Emissora alegou erro em edição do debate presidencial de 1989
O “Jornal Nacional” do dia seguinte à exibição ao vivo do debate virou alvo de críticas por beneficiar Collor. A Rede Globo sempre negou que houve “má-fé”, mas admitiu que não foi uma edição equilibrada.
“Um debate entre candidatos é um confronto de ideias que precisa ser visto no todo”, declarou o jornalista William Bonner. “Resumir, como se faz em um jogo de futebol, com os melhores momentos, que foi a ideia na época, é um risco enorme”, acrescentou.
O Caso
Em 1989, os brasileiros foram às urnas para eleger o novo presidente da República, na primeira eleição presidencial pelo voto direto depois de 29 anos. Havia 23 candidatos, entre os quais estavam os líderes dos principais partidos políticos.
Entre o primeiro e o segundo turno, houve dois debates entre os candidatos Collor e Lula. O primeiro foi nos estádios da TV Manchete, em 3 de dezembro. O segundo, no dia 14, ocorreu nos estádios da Bandeirantes.
No dia seguinte, a Globo apresentou duas mat?rias com edições do debate: uma no “Jornal Hoje” e outra no “Jornal Nacional”. Ambas foram questionadas por mostrar um equilíbrio que não houve e favorecer Collor. Mas foi a edição do “JN” que provocou polêmica.
A emissora foi acusada de ter favorecido o candidato na seleção dos momentos exibidos e no tempo destinado a cada um deles, já que Collor teve um minuto e meio a mais do que Lula. O PT moveu uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, solicitando que novos trechos do debate fossem apresentados antes das eleições, como direito de resposta. O recurso, entretanto, foi negado.
A própria liderança do partido reconheceu que Lula não se saíra bem no debate. Tempos depois, os responsáveis pela edição do “JN” alegaram que utilizaram o mesmo critério de edição de uma partida de futebol, ao selecionar os melhores momentos de cada time. De acordo com eles, a intenção era que ficasse claro que Collor havia sido o vencedor do debate, uma vez que Lula realmente havia se saído mal.
Espero ter ajudado :)