Explique a "globalização da saúde "
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Resposta:dois dias de todas as Semanas do meu lado
Explicação:
FALA-SE MUITO HOJE em globalização. As finanças, a informação simultânea, as migrações de povos, o crime organizado, os conhecimentos científicos, a tecnologia, os sistemas de poder, a produção e o trabalho humano, tudo isso se globaliza.
Pode-se exaltar a globalização como oportunidade de crescimento econômico e cultural dos povos. Pode-se ainda criticá-la em razão dos que a conduzem, ou de como a conduzem, ou dos rumos que toma. Mas ela é irrefreável, sobretudo por corresponder a muitas exigências dos seres humanos.
Essa afirmação pode sofrer duas objeções: uma vem sustentar que a globalização da economia corresponde hoje à acumulação de capital e de poder em poucas mãos e ao predomínio das finanças internacionais sobre qualquer outro interesse; outra, é que o conceito e a natureza da globalização foram criados e difundidos por forças neoliberais, com a intenção de levar os povos a crer que não há alternativa e, assim, de negar a função da política e da democracia.
Ambas as objeções baseiam-se em fatos reais. Pode-se acrescentar que o ganho de capital em nossos dias passou a não respeitar nada (a vida, a saúde e até mesmo as partes do corpo humano vão se transformando em mercadoria) e que o credo neoliberal é imposto aos povos com as regras do fundamentalismo monetário, que não admite dissidências. É o que se evidencia quando o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional subordinam sua ajuda ao compromisso dos governos de desmantelar os sistemas de saúde pública e previdência social. As conseqüências dessa opção (e ainda mais, dos crescentes desníveis de renda, de educação e de poder entre as classes e entre os povos) traduziram-se por quase toda a parte, nos últimos 20 anos, em aumento das desigualdades de níveis de saúde, documentadas por estatísticas eloqüentes, que se podem traduzir em milhões de existências humanas truncadas ou prejudicadas.
Deve-se acrescentar, contudo, que nos últimos anos as reações a essa situação e as iniciativas pela igualdade na saúde (a partir do lançamento do projeto Global equity in health de fevereiro de 1996) multiplicaram-se com ritmo e expansão imprevistos, tanto que puseram o tema na ordem do dia das políticas de saúde em muitos países e no plano internacional. Isso também é globalização, que pode ser levada a cabo não só por motivos específicos, relativos à saúde, mas porque o clima cultural e moral do mundo está mudando.
Há 20 anos esperanças e ilusões se voltavam para o poder saneador do mercado, que a ideologia neoliberal havia transformado, do que sempre foi (ou seja, estímulo oportuno e regulador da economia), em deus onipotente e benévolo, que acabou por se revelar caprichoso e cruel. De fato, nuvens escuras pairam sobre a economia mundial e a preocupação passa a dominar o pensamento de toda a gente. O que se pergunta agora é quais as implicações, no plano moral, do aumento das desigualdades. Pergunta-se também se, além de certos limites, essas desigualdades não podem tornar problemática a convivência nas nações e entre as nações. No plano político, é no consenso popular que se buscam e se constróem, sobretudo na Europa, as alternativas de governo que pareciam excluídas para sempre.
ESPERO TER AJUDADO!!