ENEM, perguntado por diegoofc04, 7 meses atrás

Explique a força do contexto HISTÓRICO e ECONÔMICO do Brasil e Europa na produção parnasiana e simbolista

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Respondido por ErvaniaMendonca
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Resposta:

O Parnasianismo é uma escola literária – ou movimento literário – que surgiu em oposição ao Realismo e Naturalismo, representando a valorização do positivismo e da ciência.

O nome Parnasianismo vem do termo “Parnaso”, que na mitologia grega significa o nome da montanha consagrada pelo deus Apolo e de suas musas da poesia. O nome desse movimento literário se deve também a sua primeira publicação chamada de “Le parnasse contemporain” pelo autor Alphonse Lemerre, sendo um dos parnasianos.

O Parnasianismo foi considerado o movimento “realista em poesia”, mas diferente do Realismo que utilizava a ficção como base cientificas para sociedade, o Parnasianismo não faz questão de utilizar essas bases para seu movimento, já a influência do cientificismo e do positivismo foi a base para a estética da poesia no parnasianismo.

O movimento Parnasianismo foi baseado pela doutrina da “arte pela arte” que teve origem pelo poeta francês Théophile Gautier, que defendia o princípio de que a arte não precisava ter uma base de significados e sentimentos humanos, mas sim com o intuito de ser perfeita, bela e refinada.

A origem do Parnasianismo

O Parnasianismo surgiu na França durante o século XIX, com o objetivo na criação de “poesias perfeitas” em oposição aos movimentos literários Realismo e Naturalismo, contrariando totalmente à prosa, já que o movimento foi essencialmente poético.

Os parnasianos valorizavam o positivismo e a ciência acima de qualquer sentimento humano, sendo fatos históricos, objetos e paisagens, temas preferidos desse movimento. Utilizavam também um vocabulário culto e construções textuais complexas, sendo que a descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os autores românticos são a sonoridade das palavras e dos versos.

Os primeiros parnasianos da língua francesa foram poetas de diversas tendências, que são: Théopile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville, José Maria de Heredia – de origem cubana – e Sully Prudhomme.

O Parnasianismo em Portugal

Em Portugal o Parnasianismo não foi um movimento muito importante, as características mais significativas foram somente no Brasil e na própria França, onde se originou o movimento literário.

Os autores portugueses desse movimento foram Gonçaves Crespo – nascido no Brasil, mas foi criado em Portugal desde os seus 10 anos de idade -, João Penha, Césario Verde e António Feijó.

O Parnasianismo no Brasil

No Brasil foi a partir da década de 1880 abriu-se para a poesia científica, a socialista e a realista, as primeiras manifestações da reforma que acabou por se canalizar para o chamado Parnasianismo.

O movimento parnasianismo no Brasil teve maior destaque do que nos países da Europa, sendo que no Brasil o parnasianismo não seguiu todas as características do parnasianismo francês.

A diferença foi que a subjetividade e o nacionalismo, estavam presentes nos poemas de autores brasileiros. Já na estética parnasiana francesa, esses aspectos eram deixados de lados por questão da própria cultura parnasiana europeia.

O auge do parnasianismo em terras brasileiras foi com “Fanfarras”, de Teófilo Dias, em 1889.

Tríade parnasiana

Os pioneiros do parnasianismo no Brasil foram os poetas Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia, formando um grupo que ficou conhecido como a “Tríada Brasileira do Parnasianismo”.

O Parnasianismo na Literatura

Assim como o Realismo e o Naturalismo, o Parnasianismo foi um movimento literário contemporâneo, sendo o Realismo e o Naturalismo na prosa e o Parnasianismo na poesia.

A poesia parnasiana valoriza o cuidado formal e a expressão mais contida dos sentimentos, sendo um vocabulário mais elaborado, racionalista e voltado para assuntos mais universais, com um objetivo principal de se opor ao sentimentalismo do romantismo e às prosas pelo realismo e naturalismo.

Com o foco das poesias serem perfeitas, os autores parnasianos buscavam palavras ideais na construção dos poemas com foco na racionalidade, dedicando-se totalmente a perfeição e a linguagem culta.

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