Explique a consequências do cultivo de soja no brasil
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Atualmente, a soja (apenas em grão e triturada representa o principal item das exportações brasileiras, tendo contribuído com US$ 22,7 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2014. Esse valor corresponde a 13,11% do total das vendas externas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior,do Ministério do Desenvolvimento, indústria e comércio.
Entre 1990 e 2012, a produção média anual desse grão registrou uma expansão de 6,35% aumentando de cerca de 20 milhões de toneladas em 1990 para quase 66 milhões de toneladas em 2012, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal(PAM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas(IBGE). A estimativa da Campanha Nacional de Abastecimento(Conab) prevê um crescimento ainda mais intenso, projetando, para a safra 2014/2015, resultados entre 88 milhões e 92 milhões de toneladas.
Esse crescimento se deve, principalmente,à ampliação da área plantada, ainda que os incrementos da produtividade por hectare não sejam dispreziveis. Tal desempenho concentrou-se, sobretudo na região compreendida entre o sul dos Estados do Piauí e do Maranhão,o norte do Tocantins e o oeste da Bahia, conhecida como Mapitoba ou Matopida. Essa região, em 1990, respondia por 1,30% da produção nacional, segundo dados da PAM. o levantamento sistemático de Produção Agrícola, com dados de setembro de 2014, já apresenta 10,06% de participação da mesma produção nacional. Essa nova regionalização foi possível graças ao desenvolvimento de novas variedades,o que permitiu a sua produção em regiões de condições edafoclimáticas distintas do clima temperado, original desse grão.
Quanto a produtividade,desde meados da primeira década deste século, a produção por hectare dessa região vem sendo superior a média nacional, no entanto,o incremento da produção está mais correlacionado com a expansão da área plantada do que com os aumentos da produtividade por hectare colhido. Os dados da PAM mostram um crescimento médio anual da área destinada às lavoura de soja de 3,96% entre 1990 e 2012, enquanto a produtividade apresentou um crescimento médio de 2,45% ao ano. Segundo o IBGE,o Brasil incorporou 17 milhões de hectares à área plantada de lavouras temporárias entre 1990 e 2012. Dessa montante,79% do total de novas áreas foram destinadas ao cultivo dessa oleaginosa líder nas exportações. Os dados recentemente divulgados pela Conab estimam que a área plantada de soja,na safra 2013/2014, foi superior a 30 milhões de hectares, ou seja aproximadamente 3,5 do território brasileiro.
Entretanto essa expansão implicou diversos poblemas nas áreas social e ambiental. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT),o crescimento médio anual do número de conflitos no campo foi de 7,64% entre 1990 e 2013. A tendência de incremento dos conflitos fundiários coincide com a incorporação de terras destinadas ao plantio de soja e de outros monocultivos extensivos à fronteira agrícola brasileira. De fato, a ocupação desses territórios para o cultivo da soja pressiona as reservas florestais, bem como a áreas destinadas a agricultura de pequeno porte e à extração vegetal, ocupadas por agricultores familiares, povos indígenas e outros povos tradicionais.
Ás questão fundiárias soma-se outros efeitos decorrentes da especialização produtiva na soja, tais como a diminuição da biodiversidade o desmatamento,a contaminação por agroquímicos do ambiente e das populações rurais,a excessiva dependência das exportações de um produto com rezido valor agregado a jusante na cadeia agroindustrial, a elevação do custo dos alimentos atribuida ao uso das terras agricultáveis para a produção de commodities agrícolas e o rezido nível de emprego na produção de soja.
A demanda mundial por soja crescerá no próximo período,se confirmada a projeção de consumo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2014/2015, de 284,3 milhões de toneladas, representando uma elevação de 5% relativamente a safra anterior. O USDA também estima que o Brasil continue com o maior exportador mundial do grão, com 46,7 milhões de toneladas exportadas em 2014-15,e como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA. Dessa forma vislumbram-se enormes desafios para a administração dos poblemas apontados que crescem com a expansão da produção e da área plantada de soja. O sucesso econômico do agronegócio exportador é indiscutível, resta saber como administrar os efeitos nefastos dessa expansão.
Entre 1990 e 2012, a produção média anual desse grão registrou uma expansão de 6,35% aumentando de cerca de 20 milhões de toneladas em 1990 para quase 66 milhões de toneladas em 2012, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal(PAM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas(IBGE). A estimativa da Campanha Nacional de Abastecimento(Conab) prevê um crescimento ainda mais intenso, projetando, para a safra 2014/2015, resultados entre 88 milhões e 92 milhões de toneladas.
Esse crescimento se deve, principalmente,à ampliação da área plantada, ainda que os incrementos da produtividade por hectare não sejam dispreziveis. Tal desempenho concentrou-se, sobretudo na região compreendida entre o sul dos Estados do Piauí e do Maranhão,o norte do Tocantins e o oeste da Bahia, conhecida como Mapitoba ou Matopida. Essa região, em 1990, respondia por 1,30% da produção nacional, segundo dados da PAM. o levantamento sistemático de Produção Agrícola, com dados de setembro de 2014, já apresenta 10,06% de participação da mesma produção nacional. Essa nova regionalização foi possível graças ao desenvolvimento de novas variedades,o que permitiu a sua produção em regiões de condições edafoclimáticas distintas do clima temperado, original desse grão.
Quanto a produtividade,desde meados da primeira década deste século, a produção por hectare dessa região vem sendo superior a média nacional, no entanto,o incremento da produção está mais correlacionado com a expansão da área plantada do que com os aumentos da produtividade por hectare colhido. Os dados da PAM mostram um crescimento médio anual da área destinada às lavoura de soja de 3,96% entre 1990 e 2012, enquanto a produtividade apresentou um crescimento médio de 2,45% ao ano. Segundo o IBGE,o Brasil incorporou 17 milhões de hectares à área plantada de lavouras temporárias entre 1990 e 2012. Dessa montante,79% do total de novas áreas foram destinadas ao cultivo dessa oleaginosa líder nas exportações. Os dados recentemente divulgados pela Conab estimam que a área plantada de soja,na safra 2013/2014, foi superior a 30 milhões de hectares, ou seja aproximadamente 3,5 do território brasileiro.
Entretanto essa expansão implicou diversos poblemas nas áreas social e ambiental. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT),o crescimento médio anual do número de conflitos no campo foi de 7,64% entre 1990 e 2013. A tendência de incremento dos conflitos fundiários coincide com a incorporação de terras destinadas ao plantio de soja e de outros monocultivos extensivos à fronteira agrícola brasileira. De fato, a ocupação desses territórios para o cultivo da soja pressiona as reservas florestais, bem como a áreas destinadas a agricultura de pequeno porte e à extração vegetal, ocupadas por agricultores familiares, povos indígenas e outros povos tradicionais.
Ás questão fundiárias soma-se outros efeitos decorrentes da especialização produtiva na soja, tais como a diminuição da biodiversidade o desmatamento,a contaminação por agroquímicos do ambiente e das populações rurais,a excessiva dependência das exportações de um produto com rezido valor agregado a jusante na cadeia agroindustrial, a elevação do custo dos alimentos atribuida ao uso das terras agricultáveis para a produção de commodities agrícolas e o rezido nível de emprego na produção de soja.
A demanda mundial por soja crescerá no próximo período,se confirmada a projeção de consumo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2014/2015, de 284,3 milhões de toneladas, representando uma elevação de 5% relativamente a safra anterior. O USDA também estima que o Brasil continue com o maior exportador mundial do grão, com 46,7 milhões de toneladas exportadas em 2014-15,e como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA. Dessa forma vislumbram-se enormes desafios para a administração dos poblemas apontados que crescem com a expansão da produção e da área plantada de soja. O sucesso econômico do agronegócio exportador é indiscutível, resta saber como administrar os efeitos nefastos dessa expansão.
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