explique a atual crise da globalizacao
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Tudo ia bem para os ideólogos da globalização até que surgiu a crise econômica de 2008, iniciada no setor financeiro dos Estados Unidos e posteriormente espalhada para praticamente todo o planeta.
Quebra de bancos, queda da produtividade industrial, falência de empresas e desemprego em massa foram algumas das consequências mais visíveis da crise econômica. Não demorou muito para esses efeitos refletirem na esfera política.
O resultado da derrocada financeira foi a ascensão de políticos e medidas estatais nitidamente antiglobalização.
É fato que na periferia capitalista, sobretudo na América Latina, a chegada ao poder de governos de esquerda, antes de 2008, já representava o repúdio das populações desses países ao neoliberalismo, um dos principais pilares da globalização.
Todavia, essa questão se tornou ainda mais complexa quando as populações das nações desenvolvidas também começaram a rejeitar os preceitos da globalização, como são os casos da eleição do protecionista Donald Trump nos Estados Unidos e do processo de saída do Reino Unido da União Europeia após consulta popular.
Desse modo, os mesmos analistas que afirmavam ser o fim da União Soviética a comprovação de que os ideais de uma sociedade igualitária não são viáveis na prática agora têm que admitir que a globalização econômica pautada na livre concorrência, além de gerar milhões de excluídos em todo o planeta (fator que por si só já é controverso), também não traz benefícios concretos para boa parte dos habitantes dos países desenvolvidos.
Exceção feita, é claro, para aquele 1% da população que ganha astronômicas somas monetárias explorando o trabalho alheio ou especulando em bolsas de valores mundo afora.
Em uma época de crise como a atual, em que a esquerda está perdida, levantando bandeiras secundárias aos interesses do proletariado, ironicamente a extrema-direita é quem tem seduzido as massas trabalhadoras, a partir de seus discursos com soluções simplistas para questões complexas.
Não obstante, as preposições xenófobas dos políticos conservadoras, que culpam imigrantes pelo crescimento dos índices de desemprego, são extremamente perigosas.
A última grande combinação entre crise econômica e ascensão de ideias extremistas não traz boas lembranças para a humanidade. Infelizmente, o fascismo é um fantasma que insiste em não nos deixar.