Filosofia, perguntado por negoneykk, 8 meses atrás

Explique a Arché dos seguintes Pré-Socráticos.
a) Parmênides de Eleia. b) Demócrito de Abdera.

Soluções para a tarefa

Respondido por familiaschuh
2

Resposta:

Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué (em grego antigo: ἀρχή), seria o elemento que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas do mundo. No caso de Tales de Mileto, por exemplo, a água era um elemento puro, e através dela podia-se criar várias coisas; o início, o desenvolvimento e o fim de tudo. Princípio único.

Parmênides de Eleia (± 515-445 a.C.)

Parmênides de Eleia opôs-se à “luta de contrários”, característica do pensamento de Heráclito, por acreditar que isso não poderia abrigar a verdade do Universo. Em sua cosmologia, colocou a questão, absurda para ele, de se pensar que o ser e o não-ser são equivalentes e verdadeiros: se algo é, ele não pode não-ser; se deixou de ser, não é verdadeiro.

Tais considerações levaram Parmênides a trilhar o caminho da lógica da existência do ser, abandonando a physis dos demais pré-socráticos e caminhando em direção à ontologia, ao estudo do ser.

O pensamento de Parmênides exige uma explicação transcendente, que remete a algo além da experiência sensorial dos homens. Assim, a verdade não residiria nestas coisas, pois os sentidos humanos não são confiáveis; as impressões que colhemos de nossos sentidos expressam nossa opinião, e não a verdade. Esta, obrigatoriamente, deve se encontrar além do experimentar, motivo pelo qual Parmênides se volta para a razão, que pode ser praticada através do pensamento humano.

É a razão que permite a Parmênides responder ao “tudo flui” de Heráclito. O confronto entre opostos de Heráclito nada mais seria do que o conflito entre partes do ser. Recorrendo ao exemplo do dia e da noite, tanto um como o outro “é”, ou seja, juntos, o dia e a noite “são”, portanto não podem “não ser”, o que seria uma contradição e uma impossibilidade, sendo parte de um todo indivisível.

Demócrito de Abdera (± 460-371 a.C.)

Este pensador, discípulo de Leucipo e fundador da Escola atomista, teria tentado resolver a questão de Heráclito e Parmênides, procurando desenvolver um raciocínio que abandonava o caráter monista da physis e incorporava-lhe uma formação múltipla e pluralista, a partir da existência de vários elementos responsáveis pela composição do todo.

Demócrito afirmou a existência de uma matéria invisível, infinita e indivisível, o átomo (o “não divisível”). Os átomos são separados uns dos outros pelo vazio, mantendo propriedades atrativas que os associavam, dando origem às coisas existentes no Universo, e propriedades repulsivas que os desconstituíam, desagregando-os assim como sua forma. Atração e repulsão resultavam das formas geométricas incorporadas pelos átomos: assim, formas idênticas se atraíam e formas distintas se repeliam.

Explicação:

Perguntas interessantes