Explicar o fim do governo de Getúlio Vargas. 10 pontos
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Em 1945, foi forçado a renunciar através de uma ação militar combinada entre a UDN(União Democrática Nacional) e o Exército brasileiro. Além disso, o mundo vivia o fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória dos países democráticos contra ditaduras com caráter fascista, assim, tornava-se quase que inconcebível a manutenção de um regime anti-democrático no Brasil. Lembrando que o governo de Vargas apoiou os Aliados na luta contra os governos nazistas e fascistas.
Em 1946, Eurico Gaspar Dutra fora eleito presidente do Brasil, mas Vargas não saiu da cena política, pois tornou-se senador do Rio Grande do Sul e, por isso, acompanhou atentamente o processo político do país.
No período entre a posse de Dutra e as novas eleições, cresceram na sociedade brasileira novas demandas políticas amparadas pela Constituição de 1946. Sindicatos e partidos de esquerda tentavam ganhar espaço na nova conjuntura, enquanto que as classes médias e empresariais emergentes procuravam cada vez mais uma maior representação de seus interesses. No meio militar, acirrou-se a divisão entre os “nacionalistas”, que eram vistos como simpatizantes do Comunismo, e os “democráticos”, que eram apontados como aliados do capital internacional, por defender a exploração das riquezas nacionais por empresas estrangeiras.
Nesse contexto de divisão social, Vargas lançou sua plataforma eleitoral pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), apoiado em duas propostas principais: a defesa do nacionalismo, ou seja, defendendo a industrialização nacional e a defesa das riquezas naturais brasileiras, especialmente o petróleo; e a ampliação dos programas sociais.
Em outubro de 1950, Vargas foi eleito com 48,7% dos votos, mas a UDN tentou impugnar sua eleição, afirmando que o vencedor deveria ter recebido a maioria absoluta dos votos, o que não era algo previsto na Constituição. Assim, tal manobra dos liberais não obteve sucesso.
Eleito então democraticamente, Vargas deveria agora seguir os preceitos constitucionais e contar com a Câmara dos Deputados e com o Senado. Os grandes jornais da época destacavam tal fato, relembrando a trajetória do recém-eleito presidente e seu golpe em 1937. Assim, os ânimos em torno do novo período no país estavam exaltados e abriam-se novos focos de oposição a Vargas.
Diante então da crise política e econômica pela qual o país estava passando, Vargas optou por iniciar seu governo com um espírito de conciliação, incluindo em seus ministérios membros de outros partidos, como o PSD (Partido Social Democrático), que havia sido seu adversário na eleição presidencial, e governadores como Ademar de Barros e Juscelino Kubitschek.
Sua administração econômica foi baseada em três pontos principais: a aproximação com o capital estrangeiro, a política de desenvolvimento industrial e o princípio do nacionalismo. Nesse sentido, teve papel muito importante em seu governo o projeto de criação da Petrobrás, uma empresa nacional detentora do monopólio do petróleo. Tal iniciativa era vista como símbolo máximo de seu nacionalismo e de sua luta contra o imperialismo estrangeiro no Brasil. A campanha “O petróleo é nosso”, que dividiu a opinião pública no final da década de 1940 e início de 1950, foi uma das mais intensas que o país já vivenciou e Vargas saiu vitorioso, com a criação da Petrobrás em 1953.