Explica porquê se considera as viagens de descobrimentos como marco dos estudos antropológicos.
Soluções para a tarefa
Entre as crônicas do período medieval, uma das mais famosas é a de Marco Polo, em que ele narra curiosidades e hábitos exóticos de povos orientais, como da China, da Pérsia, da Índia, do Tibete e do Sri Lanka.
Contudo, as crônicas de viagens que tiveram mais influência para o posterior desenvolvimento da Antropologia foram as da descoberta da América. Essas crônicas deram impulso a grandes expedições europeias rumo a territórios ainda pouco conhecidos da Ásia, Oceania e África, e a debates filosóficos na Europa sobre as diferenças culturais entre povos.
Os viajantes do Descobrimento, Fernão de Magalhães, Cristóvão Colombo, Vasco da Gama, Américo Vespúcio e Pedro Álvares Cabral, tinham objetivos mercantis, políticos e religiosos. Portanto, suas viagens e crônicas tinham objetivos estratégicos que iam além do fato de tentar ampliar a compreensão sobre outras formas de ser e viver, como faz a Antropologia. Devemos considerar que utilizamos a categoria viajantes e missionários em um sentido amplo, já que não eram todos os viajantes que deixavam registro de suas viagens. Em cada navio, viajava um cronista que, normalmente, era funcionário do Império ou membro de ordens religiosas. Com objetivos comerciais e de conquista militar e religiosa, ele devia informar sobre os novos lugares descobertos.