Expansão Marítima Europeia: (Cesgranrio). “E também as memórias gloriosas Daqueles que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles que por obras valorosas
Se vão da lei da morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho, e arte.”
(CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Canto Primeiro, estrofe 2.)
A obra épica de Camões nos remete ao século das conquistas portuguesas. Nos seus primórdios, a expansão ultramarina de D. João I foi possível em virtude
dos seguintes fatores:
I. Formação do Estado nacional.
II. Expulsão dos árabes da Península Ibérica.
III. Associação com a burguesia mercantil.
IV. Retomada de Constantinopla.
V. Conquista do Cabo Bojador.
Estão corretos os fatores:
III, IV e V, apenas.
II, III e V apenas.
I, IV e V apenas.
I, II e III, apenas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os fatores I, II e III, apenas.
Explicação:
A questão refere-se ao pioneirismo português em relação ao período das Grandes Navegações, que ocorreram entre os séculos XV e XVII.
Vamos analisar as afirmativas:
I. Correto. A formação do Estado português foi um fator condicionante para a consolidação da dinastia de Avis, através de D. João I. Assim, ocorreu a centralização do poder monárquico em Portugal.
II. Correto. A formação do Estado português e a consolidação da dinastia de Avis estão relacionados ao período da Reconquista, em que Portugal e Espanha uniram esforços para expulsar os povos árabes da Península Ibérica. Na conjuntura portuguesa, formou-se um crescente sentimento nacionalista.
III. Correto. Dom João I associou-se com a burguesia mercantil portuguesa, importante camada social e de grande influência nos âmbitos político e econômico. A aliança permitiu ao monarca que alcançasse a estabilidade política em Portugal, proporcionando o crescimento do comércio e as consequentes necessidades do Estado português colocar em prática uma política externa ativa.
IV. Incorreto. A retomada de Constantinopla não está associada à história portuguesa, e portanto não é fator condicionante para a expansão ultramarina de D. João I. O evento em questão está relacionado ao Império Bizantino.
V. Incorreto. A conquista do Cabo Bojador foi um importante evento que afirmou a presença portuguesa no continente africano, entretanto não é um elemento expressivo para o pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações.
Espero ter ajudado!