EXISTEM LIMITES PARA O QUE AS CIÊNCIAS PODEM EXPLICAR? SE EXISTEM ESTES LIMITES, COMO PODEMOS COMPREENDER A REALIDADE E NELA ATUAR?
Soluções para a tarefa
Explicação:
A ciência é poderosa. A ciência gera o conhecimento que nos permite telefonar a um amigo que se encontra do outro lado do mundo, vacinar um bebé contra a poliomielite, construir um arranha-céus ou conduzir um carro. A ciência ajuda-nos a responder a questões importantes tais como as áreas que podem ser atingidas por um tsunami após um maremoto, como se formou o buraco na camada de ozono, como podemos proteger as colheitas de pragas ,ou quem foram os nossos ancestrais humanos. Com tamanha amplitude, o alcance da ciência parece ser infindável, mas não é. A ciência tem limites definidos.
São as pessoas e não a ciência que fazem julgamentos moraisA ciência não faz julgamentos morais
Quando é a que a eutanásia é a coisa certa a fazer? Que direitos universais devem ter os seres humanos? Devem os outros animais ter também direitos? Questões como estas são importantes, mas a investigação científica não pode fornecer uma resposta. A ciência pode ajudar-nos a aprender acerca de uma doença terminal e da história dos direitos humanos e animais — e esse conhecimento pode orientar as nossas opiniões e decisões. Mas em última análise, são os indivíduos que devem fazer julgamentos morais. A ciência ajuda-nos a descrever como é que o mundo é, mas não pode fazer nenhum julgamento sobre se esse estado de coisas é certo, errado, bom, ou mau.
Brevemente! Leia mais em A ciência e a moralidade.
PSão as pessoas e não a ciência que fazem julgamentos estéticosA ciência não faz julgamentos estéticos
A ciência dá-nos a conhecer a frequência de uma nota musical e permite-nos compreender como é que os nossos olhos transmitem a informação sobre a cor ao cérebro. No entanto, a ciência não nos pode dizer se uma sinfonia de Beethoven, o ritual de uma dança japonesa, ou uma pintura de Jackson Pollock são bonitos ou feios. São os indivíduos que tomam as suas decisões com base nos seus critérios de estética.
A ciência não nos diz como usar o conhecimento científicoA ciência não nos diz como usar o conhecimento científico
Apesar de os cientistas se preocuparem muito com como as suas descobertas são utilizadas, a ciência em si não indica o que se deve fazer com o conhecimento científico. A ciência, por exemplo, indica como se pode recombinar o ADN de diferentes maneiras, mas não especifica se se deve usar esse conhecimento para tratar uma doença genética, desenvolver uma maçã resistente ao apodrecimento, ou desenvolver uma nova bactéria. Na maioria das descobertas científicas mais importantes, pode-se pensar em formas positivas e negativas de como esse conhecimento pode ser usado. Uma vez mais, a ciência ajuda-nos a descrever como o mundo é, e depois nós é que temos de decidir como usar esse conhecimento.
Para saber mais sobre as diferentes formas como os seres humanos têm usado o conhecimento científico, explore O que fez a ciência por si recentemente?
A ciência não tira conclusões sobre explicações sobrenaturaisA ciência não tira conclusões sobre explicações sobrenaturais
Deus existe? Podem as entidades sobrenaturais interferir nos assuntos humanos? Estas questões podem ser importantes mas a ciência não o pode ajudar a chegar a uma resposta. Questões que lidam com explicações sobrenaturais estão, por definição, para além do domínio da natureza — e portanto, para além daquilo que pode ser estudado pela ciência. Para muitos, estas questões são assuntos de fé e espiritualidade pessoal.
Leia mais sobre estes assuntos:
O que é natural?
A relação entre a ciência e a religião
Julgamentos morais, julgamentos estéticos, decisões sobre aplicações da ciência, e conclusões sobre o sobrenatural, estão fora do domínio da ciência, o que não significa que estes domínios não sejam importantes. De facto, áreas como a ética, a estética e a religião têm uma influência fundamental sobre as sociedades humanas e como essas sociedades interagem com a ciência. E note-se que essas áreas são eruditas. Na verdade, temas como a estética, moralidade e teologia são intensamente estudadas por filósofos, historiadores e outros académicos. No entanto, as perguntas que surgem dentro dessas áreas não podem usualmente ser resolvidas pela ciência.