Existem diferentes metodologias usadas nos estudos de impactos ambientais (EIA). Esses métodos e técnicas são mecanismos estruturados para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos ambientais que determinada atividade ou empreendimento pode ocasionar.
Marque a alternativa correta em relação aos métodos de avaliação de impactos ambientais.
a)
No checklist, os impactos são demonstrados na forma de matriz.
b)
A metodologia fundamentada em redes de interação baseia-se na construção de redes de interação e fluxogramas para a indicação dos impactos ambientais causados somente na construção do empreendimento.
c)
A sobreposição de cartas é uma metodologia que permite uma boa compreensão de relações espaciais. Sua adoção é indicada nos projetos de desenvolvimento regional e configuração linear, como em estradas, por exemplo.
d)
O método de matriz consiste na construção de redes de interação e fluxogramas para a indicação dos impactos ambientais.
e)
Os modelos de simulação são indicados e utilizados em áreas que sofreram desmatamento e/ou erosão dos solos.
Soluções para a tarefa
resposta letra C
Explicação:
A sobreposição de cartas refere-se ao mapeamento dos fatores ambientais por meio de programas cartográficos e, principalmente, de georreferenciamento.
Resposta:
Letra c - A sobreposição de cartas é uma metodologia que permite uma boa compreensão de relações espaciais. Sua adoção é indicada nos projetos de desenvolvimento regional e configuração linear, como em estradas, por exemplo.
Explicação:
Superposição de cartas:
Referem-se a métodos cartográficos desenvolvidos no âmbito do planejamento territorial. Procura-se adaptar as técnicas cartográficas para aplicá-las na avaliação de impactos ambientais, visando à localização e a identificação da extensão dos efeitos sobre o meio através do uso de fotografias aéreas sobrepostas (FINUCCI, 2010). A metodologia consiste na montagem de uma série de mapas temáticos, sendo que em cada mapa indica-se uma característica cultural, social e física que refletem um impacto. Esses mapas quando integrados produzem a síntese da situação ambiental de uma determinada área geográfica, podendo ser elaborados de acordo com os conceitos de vulnerabilidade ou potencial dos recursos ambientais (conforme a necessidade de obtenção de cartas de restrição ou de aptidão do solo).
Nestes mapas, a intensificação das cores é entendida como áreas com impactos ambientais mais intensos. O referido método é de grande utilidade quando se avaliam questões de dimensionamento espacial, como na comparação entre as alternativas analisadas em um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), sendo este indicado para complementar outra metodologia de AIA (CARVALHO e LIMA, 2010). Atualmente, com o auxílio de satélites e computação gráfica, a aplicação deste tem se tornado mais simples e rápida e com precisão incomparavelmente superior aos métodos anteriores (STAMM, 2003). A metodologia é vista como uma transcrição mais moderna do método GIS (GeographicInformation System), sendo que a utilização de computadores ampliou sua gama de aplicações e tornou o método ainda mais exato.
Segundo Munn (1979), a aplicação desta permite repartir a área de um mapa em porções, e cada uma dessas porções armazena uma grande quantidade de informações. A superposição de mapas tem como desvantagens a subjetividade dos resultados, a limitação na quantificação dos impactos e a difícil integração de impactos socioeconômicos, além de não considerar a dinâmica dos sistemas ambientais e requerer altas quantias para sua aplicação. Em contrapartida, apresenta visualização espacial e geográfica dos fatores ambientais, tal como da extensão dos impactos e proporciona fácil comparação de alternativas. Além disso, com o avanço da informática e o crescimento dos sistemas de Informação Geográfica e georeferênciamento as operações com mapas tornam-se extremamente ágeis, favorecendo as possibilidades de utilização deste método (CARVALHO e LIMA, 2010; SUREHMA/GTZ, 1992).