exemplos de generos orais
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Resposta:
Ensino de gêneros orais
Desde a publicação dos PCN, no final da década de 1990, as diversas propostas curriculares propõem o ensino de gêneros orais. Mas, quais gêneros orais ensinar? Aqueles que, embora apresentados oralmente, dependam da escrita para existir: peças de teatro, palestras, exposições em seminários, peças de argumentação em júri simulado, entrevistas, reportagens de TV simuladas, contação de histórias de tradição oral, sarau de poemas etc.
Os seminários, entre os gêneros apontados, são um ótimo exemplo de gênero oral que precisa ser ensinado e quase nunca o é. Como não é ensinado, o costume é dizer aos alunos: “Sobre este assunto, organizem um seminário. Dividam-se em grupos e apresentem no dia tal.” Essas orientações, insuficientes, costumam resultar numa sensação de perda de tempo para todos os envolvidos. Com isso, esse gênero - instrumento importante para o desenvolvimento de apresentações orais organizadas, necessárias para atividades escolares e não escolares - muitas vezes é deixado de lado.
Para que gêneros orais mais formais se tornem instrumento do domínio consciente de atividades de linguagem, eles precisam ser apoiados em pesquisa bibliográfica, ou seja, em gêneros escritos. Além disso, é necessária a organização prévia, por escrito, do que se vai dizer oralmente. Sem essa dupla relação com os gêneros escritos, os seminários não terão sucesso. É claro que os alunos também precisam ser orientados sobre entoação, interação ativa com os demais alunos durante a exposição do tema do seminário, uso de material de apoio apropriado (como cartazes, gráficos...) etc. Mas sem a leitura prévia de textos de pesquisa e de anotações escritas, o seminário não resultará em aprendizagem para quem o apresenta ou ouve.
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