Exemplos de crônicas:
Jornalista
Humorística
Histórica
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Soluções para a tarefa
Resposta:
HISTÓRICA
Capítulo VIII Razão contra Sandice
JÁ O LEITOR compreendeu que era a razão que voltava à casa, e convidava a Sandice a sair, clamando, e com melhor jus, as palavras de Tartufo:
La maison est à moi, c´est à vous d´en sortir.
Mas é sestro antido da Sandice criar amor às casas alheias, de modo que, apenas senhora de uma, dificilmente lha farão despejar.É sestro; não se tira daí; há muito que lhe calejou a vergonha. Agora, se advertirmos no imenso número de casas que ocupa, umas de vez, outras durante as suas estações calmosas, concluiremos que esta amável peregrina é o terror dos proprietários. No nosso caso, houve quase um distúrbio à porta do meu cérebro, porque a aventícia não queria entregar a casa, e a dona não cedia da intenção de tomar o que era seu. Afinal, já a Sandice se contetava com um cantinho no sótão.
_Não, senhora, replicou a Razão, estou cansada de lhe ceder sótãos, cansada e experimentada, o que você quer é passar mansamente do sotão à sala de jantar, daí à de visitas e o resto.
_Está bem, deixe-me ficar algum tempo mais, estou na pista de um mistério...
_Que mistério?
_De dois, emendou a Sandice; o da vida e o da morte;peço-lhe, só uns dez minutos.
A Razão pôs-se a rir.
_Hás de ser sempre a mesma coisa ... sempre a mesma coisa ... sempre a mesma coisa ...
E, dizendo isso, travou-lhe dos pulsos e arrastou-a para fora; depois entrou e fechou-se. A Sandice ainda gemeu algumas súplicas, grunhiu algumas zangas; mas dessenganou-se depressa, deitou língua de fora, em ar de surriada, e foi andando ...
HUMORÍSTICA
Tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer… Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato… Ou toca, ou não toca.
JORNALISTICA
COTIDIANO IMAGINÁRIO
Vício secreto
MOACYR SCLIAR
Depois de vários assaltos, ela decidiu que estava na hora de mudar de vida. De nada adianta, dizia, andar de carro de luxo e morar em palacete se isso serve apenas para atrair assaltantes. De modo que comprou um automóvel usado, mudou-se para um apartamento menor e até começou a evitar os restaurantes da moda.
Tudo isso resultou em inesperada economia e criou um problema: o que fazer com o dinheiro que ela já não gastava? Aplicar na Bolsa de Valores parecia-lhe uma solução temerária; não poucos tinham perdido muito dinheiro de uma hora para outra -quase como se fosse um assalto. Outras aplicações também não a atraíam. De modo que passou a comprar aquilo de que mais gostava: jóias. Sobretudo relógios caros. Multiplicavam-se os Bulgan, os Breitling, os Rolex. Já que o tempo tem de passar, dizia, quero vê-lo passar num relógio de luxo.
E aí veio a questão; onde usar todas essas jóias? Na rua, nem pensar. Em festas? Tanta gente desconhecida vai a festas, não seria impossível que ali também houvesse um assaltante, ou pelo menos alguém capaz de ser tentado a um roubo ao ter a visão de um Breitling. Sua paranóia cresceu, e lá pelas tantas desconfiava até de seus familiares. De modo que decidiu: só usa as jóias quando está absolutamente só.
Uma vez por semana tranca-se no quarto, abre o cofre, tira as jóias e as vai colocando: os colares, os anéis, os braceletes -os relógios, claro, os relógios. E admira-se longamente no espelho, murmurando: que tesouros eu tenho, que tesouros.
O que lhe dá muito prazer. Melhor: lhe dava muito prazer. Porque ultimamente há algo que a incomoda. É o olhar no rosto que vê no espelho. Há uma expressão naquele olhar, uma expressão de sinistra cobiça que não lhe agrada nada, nada.
Explicação:
Crônica Jornalística:
mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
Crônica Histórica:
marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.
Crônica Humorística:
Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica jornalística e humorística.