evolução quimica,fisica,biologica da segunda guerra mundial
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Resposta:
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), agentes químicos de guerra são substâncias empregadas por causa dos efeitos tóxicos provocados em homens, animais e plantas.1 A experiência de duas grandes guerras e o aperfeiçoamento que os agentes químicos de guerra tiveram, assim como seus processos de lançamento e utilização, situam a Guerra Química como uma das formas mais letais de atividade bélica, ainda que proibidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para estas substâncias três grandes aplicações lhe são atribuídas:2 o emprego contra pessoas e animais por meio de gases; a cobertura ou sinalização pela fumaça em áreas e alvos militares e, a destruição de materiais e ataque a pessoas pelo fogo.
Das três formas de emprego bélico, ressalta-se a primeira, que é o foco deste artigo.
Os agentes químicos têm seu uso citado desde a Antiguidade, porém, foi com o advento da indústria química na segunda metade do século XIX que seu uso como arma poderosa de destruição em massa tornou-se tecnicamente viável.
Em um contexto militar, podem-se mencionar dois objetivos básicos para o uso de armas químicas contra pessoas:2 causar baixas (mortos e feridos) nas tropas e diminuir o desempenho operacional das tropas inimigas, em razão da necessidade do uso prolongado de equipamentos de proteção.
Juntamente com as armas nucleares e biológicas, as armas químicas formam o grupo das armas não convencionais, que causam um número de baixas muito maior que as armas convencionais, baseadas em explosivos. Uma estimativa para o custo de uma operação em larga escala com armas convencionais empregadas contra uma população civil é de US$ 2.000 por km2. Para armas nucleares o custo baixa para US$ 800; para armas químicas, US$ 600, e para armas biológicas, US$ 1. Como o custo das armas químicas e biológicas é menor do que o das armas nucleares, as primeiras foram chamadas de "bomba atômica dos pobres".3
As armas químicas ganharam importância militar na Primeira Guerra Mundial, quando em 1915, o exército alemão utilizou gás cloro contra tropas aliadas na Bélgica. Porém, foi somente na Segunda Guerra Mundial que se desenvolveram os mais potentes agentes químicos de guerra, os chamados organofosforados neurotóxicos, ou "agentes dos nervos". Estes agentes possuem toxicidade várias vezes maior do que seus similares conhecidos até então e que foram inicialmente planejados como pesticidas.4 Nas últimas décadas, devido ao baixo custo e fácil manufatura, os organofosforados passaram a ser alvo de interesse de organizações terroristas,5 fazendo com que a defesa contra tais agentes passasse a ser um foco de preocupação tanto no meio militar quanto civil.6,7
Todos os agentes neurotóxicos, agentes de guerra química e pesticidas organofosforados possuem um átomo de fósforo quiral, que leva à formação de um par de isômeros em proporções iguais. O fundamento principal da toxicidade dos agentes neurotóxicos está na inibição da enzima acetilcolinesterase, que participa de forma fundamental na terminação do processo de transmissão dos impulsos nervosos em várias estruturas do corpo humano.
Atualmente, são realizadas pesquisas em defesa contra armas químicas tanto na área de detecção, com o desenvolvimento de novos biossensores,8 como na área de proteção, com o surgimento de novas tecnologias para os equipamentos de proteção.9 Porém, é no nível do tratamento médico que se concentra a maior parte do esforço, especificamente, no caso dos neurotóxicos, no desenvolvimento de novos fármacos para serem usados no pré-tratamento (como os carbamatos) e antídotos (oximas).
Apesar do esforço dispendido, atualmente ainda não existe nenhum fármaco totalmente eficaz contra todos os agentes neurotóxicos. Em geral, o tratamento para intoxicação com organofosforados neurotóxicos é feito em várias etapas.10,11 Dependendo do grau de intoxicação e do tempo de exposição, os antídotos disponíveis podem não apresentar resposta adequada, o que pode levar a graves danos irreversíveis ou à morte da vítima.
A pesquisa sobre antídotos para agentes fosforados neurotóxicos também é de interesse civil em função do grande uso de agroquímicos organofosforados, o que ocasiona muitos casos de intoxicação em agricultores. Estima-se que a exposição acidental a pesticidas organofosforados seja de aproximadamente um milhão de casos anuais, com a maior ocorrência em países subdesenvolvidos.
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