ENEM, perguntado por edmundoalves92, 1 ano atrás


.Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem. Quando eu era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo era um serzinho mal resolvido e igual a um filhote de gafanhoto.
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores.

Soluções para a tarefa

Respondido por ingridy12maria34
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Não sei muito bem como te responder essa pergunta ou até mesmo fazer um comentario sobre ela, porque talvez eu possa ofender mais vamos lá ...

Queria te dizer que não e porque você  tem esse problema na visão que isso possa impatar alguma coisa.Se você não teve amigos e brincava com pedras e se dizia que era um animal sei como e também passei por isso, mais não e porque você tem que precisa se enzolar de todo mundo você tem que tentar fazer amizades com pessoas sem que ela tenha que chegar em você 
Naõ sei se te ajuda essa pergunta ou você pode ate mesmo levar a mal mais nao leve 

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