Eu temo o Coronavírus E zelo por minha vida Mas tenho medo de tiros Também de bala perdida A nossa fé évacina O professor que me ensina Será minha própria lida Assombra-me a pandemia Que agora domina o mundo Mas tenho uma garantia: Não sou nenhum vagabundo Porque todo cidadão Merece mais atenção O sentimento é profundo Eu não queria essa praga Que não é mais do Egito Não quero que ela traga O mal que sempre eu evito Os males não são eternos Pois os recursos modernos Estão aí, acredito. De quem será esse lucro Ou mesmo a teoria? Detesto falar de estupro Eu gosto é de poesia Mas creio na consciência E digo NÃO todo dia Eu tenho medo do excesso Que seja em qualquer sentido Mas também do retrocesso Que por ai escondido Às vezes é o que notamos Passar o que já passamos Jamais será esquecido Até aceito a políciaMas quando muda de letra E se transforma em milícia Odeio essa mutreta Pra combater o que alarma Só tenho mesmo uma arma Que é a minha caneta. Com tanta coisa inda cismo... Estão na ordem do dia Eu digo NÃO ao machismo Também à misoginia Têm outros que eu não aceito É o tal do preconceito E as sombras da hipocrisia. As coisas já foram postas Mas prevalecem os relés Queremos sim ter respostas Sobre as nossas Marielles Em meio a um mundo efêmero Não é só questão de gênero Nem de homens ou mulheres O que vale é o humano E sua dignidade Vivemos num mundo insano Queremos mais liberdade Pra que tudo isso mude Certeza: ninguém se ilude Não tem tempo nem idade.
01) Justifique o título dado ao cordel, aproveitando para sugerir um outro:
02) Do que o eu lírico tem medo?
03) Que vantagem ele diz ter? O que você pensa a respeito disso?
04) Liste, organizadamente, por estrofe, todas as palavras que rimam:
05) O que o autor quis dizer sobre a "praga do Egito"? Explique:
06) Segundo o autor, por que os males não são eternos? Qual a sua opinião sobre isso?
07) Transcreva do texto uma passagem que contém uma contradição, explicando seu raciocínio:
08) Qual a arma que o eu lírico diz ter? O que você pensa a respeito disso?
09) Copie do texto uma passagem que contém uma crítica social, justificando:
10) Qual seria a vacina para os males da humanidade? E na sua opinião?
11) Localize no cordel um par de antíteses, explicando sua escolha:
12) Justifique o porquê do plural no substantivo próprio presente no texto:
13) Copie do cordel dois adjetivos utilizados para caracterizar, segundo o autor, o mundo atual:
14) Quantas estrofes e quantos versos compõem o texto?
15) Que mensagem o texto transmite?
16) Descreva sobre o que é cordel no seu ponto de vista.
Soluções para a tarefa
QUARENTENA (Moraes Moreira)
Eu temo o coronavirus
E zelo por minha vida
Mas tenho medo de tiros
Também de bala perdida,
A nossa fé é vacina
O professor que me ensina
Será minha própria lida
Assombra-me a Pandemia
Que agora domina o mundo
Mas tenho uma garantia
Não sou nenhum vagabundo,
Porque todo cidadão
Merece mais atenção
O sentimento é profundo
Eu não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,
Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito
De quem será esse lucro
Ou mesmo a teoria?
Detesto falar de estrupo
Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não violência
Toda noite e todo dia
Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos
Passar o que já passamos
Jamais será esquecido
Até aceito a Policia
Mas quando muda de letra
E se transforma em milícia
Odeio essa mutreta,
Pra combater o que alarma
Só tenho mesmo uma arma
Que é a minha caneta
Com tanta coisa inda cismo...
Estão na ordem do dia
Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito
E as sombras da hipocrisia
As coisas já foram postas
Mas prevalecem os reles
Queremos sim ter respostas
Sobre as nossas Marielles,
Em meio a um mundo efêmero
Não é só questão de gênero
Nem de homens ou mulheres
O que vale é o ser humano
E sua dignidade
Vivemos num mundo insano
Queremos mais liberdade,
Pra que tudo isso mude
Certeza, ninguém se ilude
Não Tem tempo, nem idade.
01) Justifique o título dado ao cordel, aproveitandco para sugerir um outro.
▪︎Quarentena, porque fez pensando nesse mal que é a Covid 19, atingindo toda a humanidade.
02) Do que o eu lírico tem medo?
▪︎ Tem medo da pandemia, mas também de bala perdida.
03) Que vantagem ele diz ter? O que você pensa a respeito disso?
▪︎ Diz não ser vagabundo e que todos nós
merecemos atenção, pois temos sentimento profundo.
04) Liste, organizadamente, por estrofe, todas as palavras que rimam:
▪︎vírus/ tiros-
vida/perdida/ lida
vacina/ ensina
Pandemia/ garantia
mundo/vagabundo/ profundo
cidadão/atenção
praga/traga
Egito/evito/ acredito
eternos/modernos
lucro/estupro
teoria/poesia/ consciência/ violência
excesso/ retrocesso/sentido/ escondido/esquecido
notamos/passamos
Polícia/ milícia
Letramutreta/caneta
alarma/ arma
cismo/ machismo
misoginia/dia/hipocrisia
postas/ respostas
reles/Marielles mulheres
gênero/ efêmero humano/ insano
dignidade / liberdade/ idade
Ilude/ mude
05) O que o autor quis dizer sobre a "praga do Egito"? Explique:
▪︎"não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,"
É que essa praga agora vem da China.
06) Segundo o autor, por que os males não são eternos? Qual a sua opinião sobre isso?
▪︎"Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito"
Concordo com ele.
07) Transcreva do texto uma passagem que contém uma contradição, explicando seu raciocínio:
▪︎"Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos"
08) Qual a arma que o eu lírico diz ter? O que você pensa a respeito disso?
▪︎"Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não a todo dia"
09) Copie do texto uma passagem que contém uma crítica social, justificando:
▪︎"Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito"
"O que vale é o ser humano
E sua dignidade"
10) Qual seria a vacina para os
males da humanidade? E na sua opinião?
▪︎"A nossa fé é a vacina". Eu também tenho.
11) Localize no cordel um par de antíteses, explicando sua escolha:
"Mas creio na consciência ,,
E digo não a todo dia."
12) Justifique o porquê do plural no substantivo próprio presente no texto:
▪︎Marielles,> representa as mulheres descriminadas
13) Copie do cordel dois adjetivos utilizados para caracterizar, segundo o autor, o mundo atual:
▪︎"Mundo efêmero e insano."
14) Quantas estrofes e quantos versos compõem o texto?
▪︎ Tem 9 estrofes.
E 63 versos.
15) Que mensagem o texto transmite?
Uma mensagem dizendo que o tempo urge e que precisamos mudar.
16) Descreva sobre o que é cordel no seu ponto de vista.
▪︎ Gosto muito de cordel, pois mostra a simplicidade e cristividade dos poetas.
Bons estudos
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