Eu sobrevivi do nada, do nadaEu não existiaNão tinha uma existênciaNão tinha uma matériaComecei existir com quinhentos milhõese quinhentos mil anos Logo de uma vez, já velha Eu não nasci criança, nasci já velha Depois é que eu virei criança E agora continuei velha Me transformei novamente numa velha Voltei ao que eu era, uma velhaPATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org ). Reino dos bichos e dos animais é meu nome.Rio de Janeiro: Azougue, 2009.Nesse poema de Stela do Patrocínio, a singularidade daexpressão lírica manifesta-se naO representação da infância, redimensionada no resgate da memória.© associação de imagens desconexas, articuladas por uma fala delirante.© expressão autobiográfica, fundada no relato de experiências de alteridade.© incorporação de elementos fantásticos, explicitada por versos incoerentes.© transgressão à razão, ecoada na desconstrução de referências temporais.
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Olá,
Ao analisarmos o texto proposto, percebemos pelo trecho "Eu sobrevivi do nada, do nada, Eu não existia, Não tinha uma existência (...)" que não existe uma relação de tempo construída de maneira lógica.
Ou seja, o que ocorre no excerto exporto é que existe uma completa desconstrução das referências temporais, o que indica que existe uma quebra de razão, ou seja, uma transgressão.
A última alternativa é a correta: transgressão à razão.
Abraços!
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