Português, perguntado por MarianaGra4344, 9 meses atrás

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo a gente se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo a gente se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. [...]A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.Na crônica de Marina Colasanti, a repetição do trecho "a gente se acostuma" configura-se como uma estratégia argumentativa que objetiva Aconvencer o leitor de que se deve ser rebelde e avesso ao comportamento passivo institucionalizado na sociedade. B provocar uma reflexão sobre o espírito de conformidade e passividade aos quais as pessoas são submetidas no cotidiano. C advertir o leitor mais idoso sobre o surgimento de uma sociedade mais harmônica, humanizada e menos violenta. D incentivar o leitor a acostumar-se com a sensação de inércia derivada do comodismo contemporâneo. E instruir o leitor mais jovem a tornar-se conformado e negligente com a sensação de bem-estar.

#SAS
#VESTIBULAR

Soluções para a tarefa

Respondido por Giuliane6
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A alternativa correta é a letra B - provocar uma reflexão sobre o espírito de conformidade e passividade aos quais as pessoas são submetidas no cotidiano- . Repare que a escritora vai dando várias pistas ao longo do texto que de vamos nos acostumando com as coisas, vamos nos acomodando, passamos a nem tentar fazê-las mais.

Achávamos criando hábitos no cotidiano, que não deveríamos, deveríamos ver a beleza nas pequenas coisas, ficar felizes, não nos fecharmos para o mundo, nem para as pessoas, abrirmos cada vez mais, criar novos laços. E não deixar que um apartamento nos diga como agir, o apartamento é nossa casa.

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