eu preciso de uma redaçao sobre o forum social mundial um outro mundo é possivel
me ajudem por favor
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Em 2001, na cidade de Porto Alegre, aconteceu a primeira edição do Fórum Social Mundial (FSM), que ocorreu simultaneamente ao Fórum de Davos. Se o primeiro propunha o rompimento com o modelo vigente sob o slogan “Um outro mundo possível”, o segundo defendia justamente o contrário: a manutenção do sistema capitalista. À época, o FSM pautou a imprensa clássica e criou-se uma disputa de agenda política. Porém, a conjuntura política era completamente outra e o modelo neoliberal era reinante, dentro e fora do Brasil.
Em 2002, durante a sua segunda edição, também na capital gaúcha, o FSM reuniu mais de 12 mil delegados e levantou o debate a respeito de novos formatos de se fazer comunicação, economia solidária, novas formas de governanças baseadas na horizontalidade e sem concentração de poder. Outro grande fator que não se pode esquecer é que a segunda edição do Fórum acontecia sob o início do mandato do ex-presidente Lula, pelo Partido dos Trabalhadores.
Da primeira edição, em 2001, aos dias atuais, tanto o FSM quanto o mundo e o Brasil passaram por inúmeras transformações sociais e políticas. O Fórum, que até 2003 aconteceu na cidade de Porto Alegre, se descentralizou e, em 2004, realizou a sua primeira edição fora do Ocidente, desembarcando em Mumbai, na Índia, onde mais de 100 mil pessoas participaram. Em 2005, Porto Alegre novamente recebe o FSM e conta com mais de 150 mil ativistas participantes e com um grande aparato comunicacional e alternativo organizado pela Ciranda Internacional da Informação Independente e vários coletivos de comunicação.
Em 2006, o encontro daria um passo mais ambicioso, ao realizar uma edição policêntrica, que aconteceu entre os dias 19 e 23 de janeiro na cidade de Bamako, em Mali, e, de 24 a 29 janeiro, em Caracas, na Venezuela. Em 2007, foi a vez do Quênia receber a sétima edição do FSM e, em 2009, ele retornaria ao Brasil, mas dessa vez aconteceria em Belém, no Pará. No ano seguinte, Porto Alegre, o local onde tudo começou, realizaria o décimo encontro para debater os rumos de um outro mundo possível.
Se no início o Fórum Social Mundial conseguiu incidir no debate político nacional e internacional, no decorrer de suas edições esta força foi se diluindo e os motivos para isso são vários. Há 12 anos, a agenda e os governos neoliberais eram dominantes na América Latina, mas, no decorrer do tempo, países como Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela elegeram governos que, se não revolucionários, adotaram uma agenda mais progressista e, inclusive, com propostas que emergiram de dentro do Fórum Social Mundial.
Além da ascensão de governos mais populares e alinhados com a agenda do FSM, uma outra transformação também ocorreu fora dos espaços institucionais, que foi o surgimento de inúmeros coletivos políticos, pautados pela organização horizontal, que é a maneira como o FSM se organiza. Houve também a ascensão da comunicação em rede, que permitiu uma interconexão global entre os novos sujeitos políticos, nos mesmos moldes da proposta originária do FSM.
Repensar o Fórum Social Mundial?
A partir do cenário descrito acima, começam a surgir questionamentos e dúvidas: a ideia de um outro mundo possível, reunida em torno do Fórum Social Mundial, ainda é possível? O FSM necessita ser repensado para dialogar com as novas forças políticas que hoje aí estão? Ele perdeu a sua incidência política? E por que não faz mais frente ao Fórum de Davos?
O ativista Chico Whitaker, um dos organizadores da primeira edição do FSM, discorda que ele tenha perdido a sua incidência. Whitaker diz que a ideia de se fazer o Fórum na mesma data de Davos foi uma “estratégia pensada pelos iniciadores do FSM para abrir espaço na grande mídia” e que sua missão nunca foi pautar a imprensa.
“Com isso se conseguia que ele aparecesse pelo menos num canto de página, como ‘o outro lado’ do assunto. Mas ele era então uma autêntica ‘novidade’, de que se tinha que falar, de algum modo. Quando os grandes jornais perceberam que o FSM não tinha ‘líderes’ que iriam erguer o mundo contra Davos, seu interesse diminuiu, ainda que fossem forçados a mandar seus jornalistas a Porto Alegre quando os grandes ‘políticos’ lá fossem [como Lula, Chávez, os candidatos a presidente da França]. Quando se decidiu realizar FSMs não todos os anos, como Davos, mas a cada dois anos, o interesse baixou ainda mais. E caiu quase a zero quando se decidiu realizá-lo em qualquer outra data, e mesmo meses depois de Davos, como em Túnis, em 2013”, explica o ativista, que atenta para o fato de que a missão do FSM é “multiplicar os espaços abertos de encontro a serviço dos que estão lutando por um outro mundo possível.
TENTA RESUMIR ISSO, que vai te ajudar a fazer a redação
Em 2002, durante a sua segunda edição, também na capital gaúcha, o FSM reuniu mais de 12 mil delegados e levantou o debate a respeito de novos formatos de se fazer comunicação, economia solidária, novas formas de governanças baseadas na horizontalidade e sem concentração de poder. Outro grande fator que não se pode esquecer é que a segunda edição do Fórum acontecia sob o início do mandato do ex-presidente Lula, pelo Partido dos Trabalhadores.
Da primeira edição, em 2001, aos dias atuais, tanto o FSM quanto o mundo e o Brasil passaram por inúmeras transformações sociais e políticas. O Fórum, que até 2003 aconteceu na cidade de Porto Alegre, se descentralizou e, em 2004, realizou a sua primeira edição fora do Ocidente, desembarcando em Mumbai, na Índia, onde mais de 100 mil pessoas participaram. Em 2005, Porto Alegre novamente recebe o FSM e conta com mais de 150 mil ativistas participantes e com um grande aparato comunicacional e alternativo organizado pela Ciranda Internacional da Informação Independente e vários coletivos de comunicação.
Em 2006, o encontro daria um passo mais ambicioso, ao realizar uma edição policêntrica, que aconteceu entre os dias 19 e 23 de janeiro na cidade de Bamako, em Mali, e, de 24 a 29 janeiro, em Caracas, na Venezuela. Em 2007, foi a vez do Quênia receber a sétima edição do FSM e, em 2009, ele retornaria ao Brasil, mas dessa vez aconteceria em Belém, no Pará. No ano seguinte, Porto Alegre, o local onde tudo começou, realizaria o décimo encontro para debater os rumos de um outro mundo possível.
Se no início o Fórum Social Mundial conseguiu incidir no debate político nacional e internacional, no decorrer de suas edições esta força foi se diluindo e os motivos para isso são vários. Há 12 anos, a agenda e os governos neoliberais eram dominantes na América Latina, mas, no decorrer do tempo, países como Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela elegeram governos que, se não revolucionários, adotaram uma agenda mais progressista e, inclusive, com propostas que emergiram de dentro do Fórum Social Mundial.
Além da ascensão de governos mais populares e alinhados com a agenda do FSM, uma outra transformação também ocorreu fora dos espaços institucionais, que foi o surgimento de inúmeros coletivos políticos, pautados pela organização horizontal, que é a maneira como o FSM se organiza. Houve também a ascensão da comunicação em rede, que permitiu uma interconexão global entre os novos sujeitos políticos, nos mesmos moldes da proposta originária do FSM.
Repensar o Fórum Social Mundial?
A partir do cenário descrito acima, começam a surgir questionamentos e dúvidas: a ideia de um outro mundo possível, reunida em torno do Fórum Social Mundial, ainda é possível? O FSM necessita ser repensado para dialogar com as novas forças políticas que hoje aí estão? Ele perdeu a sua incidência política? E por que não faz mais frente ao Fórum de Davos?
O ativista Chico Whitaker, um dos organizadores da primeira edição do FSM, discorda que ele tenha perdido a sua incidência. Whitaker diz que a ideia de se fazer o Fórum na mesma data de Davos foi uma “estratégia pensada pelos iniciadores do FSM para abrir espaço na grande mídia” e que sua missão nunca foi pautar a imprensa.
“Com isso se conseguia que ele aparecesse pelo menos num canto de página, como ‘o outro lado’ do assunto. Mas ele era então uma autêntica ‘novidade’, de que se tinha que falar, de algum modo. Quando os grandes jornais perceberam que o FSM não tinha ‘líderes’ que iriam erguer o mundo contra Davos, seu interesse diminuiu, ainda que fossem forçados a mandar seus jornalistas a Porto Alegre quando os grandes ‘políticos’ lá fossem [como Lula, Chávez, os candidatos a presidente da França]. Quando se decidiu realizar FSMs não todos os anos, como Davos, mas a cada dois anos, o interesse baixou ainda mais. E caiu quase a zero quando se decidiu realizá-lo em qualquer outra data, e mesmo meses depois de Davos, como em Túnis, em 2013”, explica o ativista, que atenta para o fato de que a missão do FSM é “multiplicar os espaços abertos de encontro a serviço dos que estão lutando por um outro mundo possível.
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