Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Augusto dos Anjos O poema é centrado no eu. Apesar disso, pode-se dizer que suas ideias são universalizantes? Justifique.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1) No poema, constata-se o negativismo interior do eu lírico, que se considera “vencido” em virtude da fragilidade física do ser humano e da força implacável da morte. Podemos encontrar referência à morte em.
A) E há de deixar-me apenas os cabelos, / Na frialdade inorgânica da terra!
B) Sofro, desde a epigênesis da infância, / A influência má dos signos do zodíaco.
C) Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia / Que se escapa da boca de um cardíaco.
D) Eu, filho do carbono e do amoníaco, / Monstro de escuridão e rutilância,
Explicação:
Alternativa “A”. Podemos encontrar referência à morte em “E há de deixar-me apenas os cabelos, / Na frialdade inorgânica da terra!”.
Resposta:
2) Uma das principais características da poesia de Augusto dos Anjos é a preferência pelos vocábulos científicos. Nos poemas é comum encontrarmos muitas figuras de linguagem. A alternativa em que aparece uma antítese é.
A) Profundissimamente hipocondríaco,
B) Monstro de escuridão e rutilância,
C) Que se escapa da boca de um cardíaco.
D) E há de deixar-me apenas os cabelos,
Explicação:
Alternativa “B”. A alternativa em que aparece uma antítese é “Monstro de escuridão e rutilância,”.
OBS: A minha atividade está ASSIM então para alguns talvez estejam diferente eu acho