Eu falo de uma massa
Que não é espaguete,
É uma massa crua,
É o menino de rua
Rotulado de pivete
Pela educação escassa.
Eu falo de uma massa
Que não é macarrão,
É o guri sem teto,
Sem afeto, analfabeto
Seu colchão é o chão
Vida de cão sem raça.
Eu falo de uma massa
Que não é folhada,
Pede grana no sinal,
Só tem folhas de jornal
Contra o frio da madrugada
Sua pele é sua couraça.
Eu falo de uma massa
Que não é ravióli
Intragável, indigesta,
Que a princípio não presta
E que ninguém engole,
E no mole despedaça.
Eu falo de uma massa
Que não é parafuso,
E o moleque inteligente
Que de tanto solvente
Vai ficando confuso
Enquanto o tempo passa.
Eu falo de uma massa
Que não é panqueca,
Fissurada no crack
A mente sente o baque
Enquanto o corpo seca
E a vida embaraça.
Eu falo de massa
Que não é capeleti,
Não tem armas pra luta
E nem forças pra disputa,
Por isso nem compete,
Fica vivo por pirraça.
Eu falo de uma massa
Que não é miojo
Boicotada e atrofiada
Que não é valorizada
E que a elite tem nojo
Seu paraíso é a praça.
Vem agora e abraça
A massa instantânea
Que não quer ficar no molho
Mas quer transcender teu olho,
Quer tua atitude espontânea
Vem agora e abraça! eu preciso fazer um poema igual a esse mas com outro tema
Soluções para a tarefa
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Resposta:
Eu falo de um mar
Que não é extensão de água salgada
É um labirinto cercado de sentimentos
Onde o apaixonado perde-se num olhar
Afogado-se em prazeres
Por tentar mergulhar
Eu falo de um mar
Que não é a última sílaba de 'amar '
É um homem que acreditou em dias melhores
Hoje não sabe lamentar
Encontrou motivos para viver, e não para de respirar
Eu falo de um mar
Que não é sufixo de 'martelo'
É o sentimento de uma boa lembrança
Tão indizível de dizé-lo
O brilho nos olhos de quem ama
A velha paixão rejuvenescida
Nossa alegria, nossas conquistas
É o pior veneno...
Explicação:
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