etica segundo hans jonas
Soluções para a tarefa
Hans Jonas fala com propriedade em relação à necessidade de uma nova ética que abarque, além das ações humanas, as extra-humanas, e que coíba as ações prejudiciais em relação ao planeta, porque o referido filósofo presenciou e sentiu de perto as consequências de um imperativo tecnológico que se põe como determinismo. Por ter participado da guerra e vivido naquele contexto de grande turbulência, e visto a morte de perto, ele pôde perceber o grande arsenal de destruição que o homem potencialmente produz contra si mesmo. O estado apocalíptico que presenciou, a destruição ameaçadora do mundo e a proximidade da morte, como a das bombas atômicas que dizimaram populações e que, em outras repetições poderiam produzir novas hecatombes mais imprevisíveis e mais devastadoras ainda, fez esse filósofo refletir sobre as ações humanas e sobre a necessidade de uma ética que mudasse as atitudes e o comportamento do homem em relação ao mundo. É por essas questões que Hans Jonas pode ser considerado o fundador de um paradigma que traça novas possibilidades para a educação ambiental e também para as ações humanas. Segundo o filósofo alemão, ao desenvolver o imperativo da responsabilidade, seu pensamento não se restringe apenas ao fato da simples destruição física do planeta, mas à morte em sua essência, ou seja, aquela que é resultado da “desconstrução” e a aleatória reconstrução tecnológica do homem e do ambiente, pois, para ele, uma inarredável interação se instala entre a pesquisa e o poder. E essa interação conduz a uma nova configuração da ciência que, por sua vez, passa a produzir um saber evidentemente devastador, num intransigente posicionamento contra a verdadeira função do saber que durante toda a história da humanidade foi “a de ser incorporada nas consciências, na busca meditada e ponderada da qualidade da vida humana”.