Ética helenística, ética cristã e protestantismo
1_Ao analisarmos a ética helenística, vemos que ela rompe com a ética do período clássico em se tratando da importância da polis grega na formação do indivíduo, como defendiam as teorias éticas de Platão e de Aristóteles. 2_Explique as razões que apontam esse rompimento.
3_Ao analisarmos o pensamento medieval, vemos que a filosofia se caracteriza pela relação entre fé e razão, o que denominamos de filosofia cristã. Explique os motivos que caracterizam essa filosofia e como acontece tal conhecimento.
4_Apresente as características da ética cristã e as diferenças em relação à ética dos gregos.
Quais as condenações que Lutero fez contra a Igreja Católica e que noções inovadoras ele apresentou com a sua reforma protestante?
5_Em sua obra “Ética protestante e o espírito do capitalismo”, Weber relaciona o protestantismo calvinista com a ascensão do capitalismo a partir da ideia de predestinação ao céu por meio da prosperidade econômica. Apresente as características da ética calvinista apontadas por Weber que foram responsáveis por essa ascensão.
Data de entrega: 3 de julho
Soluções para a tarefa
O período helenístico, na Grécia, representou uma fusão da cultura grega com as influências orientais que chegaram com a conquista de Alexandre.
Com mudanças na própria organização política, Atenas, aos poucos, perde o protagonismo e, com ela, seus filósofos também deixam de buscar aquele projeto socrático original para passarem a se preocupar com questões éticas distintas:
- ausência de perturbação
- tranquilidade de alma
- vida feliz
É neste momento que algumas escolas famosas da Antiguidade sobem ao palco e exercem enorme influência, como o epicurismo, o ceticismo e o estoicismo - este último durará com firmeza até os tempos romanos, com figuras como Marco Aurélio, Epiteto e Sêneca.
Não se busca, na filosofia do período helenístico, o conhecimento da verdade, como se buscou com Sócrates, Platão e Aristóteles. A preocupação passa a ser prioritariamente ética neste sentido específico de tranquilidade em meio a um momento turbulento da história.
Já a relação entre Platão e a filosofia medieval reside na influência que Platão teve, principalmente, em Santo Agostinho.
A partir de Santo Agostinho, a Patrística, que se refere aos pais da Igreja e seus esforços para conciliar a filosofia antiga com a revelação cristã, toma proeminência no cenário filosófico. Prepara-se, assim, o terreno para a filosofia medieval determinada pela Escolástica quase mil anos depois.
Santo Agostinho é o pensador que consegue conciliar inúmeras noções filosóficas platônicas - mundo das ideias, conhecimento como reconhecimento, teoria da reminiscência - com a revelação cristã, transfigurando a filosofia platônica ao colocar a ideia do Deus cristão como hipótese filosófica explicativa.